A importância da orientação farmacêutica na alta hospitalar e no processo do autocuidado pós alta: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27099Palavras-chave:
Segurança do paciente; Alta hospitalar; Reconciliação medicamentosa.Resumo
Essa pesquisa visa abordar a orientação farmacêutica na alta hospitalar visto que no processo de alta, na transição da internação para o autocuidado, onde o paciente fica vulnerável é de extrema importância a reconciliação medicamentosa e uma comunicação eficaz entre a equipe e o paciente. Métodos: Revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e Pubmed, utilizando se os domínios “segurança do paciente”, “alta hospitalar” e “reconciliação medicamentosa”. As publicações foram selecionadas de acordo com os critérios de inclusão e exclusão; a análise dos artigos se deu por pares; idiomas: inglês e português. A busca nas bases de dados resultou em 13 estudos, para o processamento e análise dos dados, utilizou-se o software IRAMUTEC e a aplicação do formulário URSI. Resultados: A presente RIL tem um bom nível de evidência científica, colaborando para ampliar os conhecimentos acerca da temática. A Classificação Hierárquica Descendente (CHD) identificou três classes semânticas conforme a análise dos domínios textuais e interpretação dos significados: 1- Alterações e trocas terapêuticas como principal causa de danos e eventos adversos após a alta hospitalar; 2- Educação em saúde e orientação medicamentosa como estímulo ao autocuidado após a alta hospitalar; 3- Informação e acompanhamento domiciliar para a melhora do problema em relação a uso de medicamentos após a alta hospitalar. Conclusão: A presente revisão permitiu esclarecer a importância do farmacêutico na orientação de alta e como o mesmo pode intervir no processo do autocuidado, ainda que o seu papel não esteja bem definido.
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