Custo-efetividade de tratamentos para o osteossarcoma em pacientes infantojuvenis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27143Palavras-chave:
Saúde da criança; Osteossarcoma; Análise custo-benefício.Resumo
Objetivo: Realizar uma análise econômica completa do tipo custo-efetividade dos tratamentos para o osteossarcoma em pacientes oncológicos de 0 a 19 anos. Métodos: A análise econômica foi realizada na perspectiva do gestor e utilizou o modelo de Árvore de Decisão. A efetividade foi mensurada através da razão da prevalência de não morrer e os dados foram retirados do Registro Hospitalar de Câncer (RHC). Os custos foram obtidos no Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos e Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPM) - (SIGTAP) do Sistema Único de Saúde (SUS) no horizonte temporal de 20 anos (1997-2017). Resultados: Para os 1.957 casos registrados, os tratamentos mais utilizados foram a cirurgia associada à quimioterapia (50,43%) e a quimioterapia isolada (39,20%). A remissão completa obteve maiores percentuais em casos tratados apenas com cirurgia (36,95%) e os maiores percentuais de óbito foram observados no tratamento apenas com quimioterapia isolada (29,73%). A associação Quimioterapia+Cirurgia não foi custo-efetiva, possuindo um maior custo incremental (R$ 7.285,83) e efetividade incremental menor (-0,13%). A cirurgia foi considerada uma terapia indispensável, pois apresentou maior efetividade em comparação aos outros tratamentos. Conclusão: A cirurgia foi a opção que apresentou a menor razão de custo-efetividade.
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