Molibdênio no tratamento de sementes de brócolis
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27154Palavras-chave:
Brassica oleraceae var. italica; Micronutriente; Imersão; Qualidade fisiológica.Resumo
O brócolis é uma cultura exigente em molibdênio, porém, este nutriente é requerido em pequenas quantidades e talvez a necessidade das plantas possa ser suprida via tratamentos das sementes. No entanto, este tratamento não pode prejudicar a qualidade fisiológica das sementes. Deste modo, objetivou-se com este trabalho avaliar o efeito do tratamento com molibdênio em sementes de brócolis na qualidade fisiológica. Foram avaliados 11 tratamentos [fatorial 2 fontes (molibdato de amônio e molibdênio na forma de quelato de aminoácido) x 5 concentrações (0,5; 2,5; 5,0; 10,0; 25,0 g L-1 de água) + 1 controle sem tratamento] no delineamento experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições. O tratamento foi feito com a imersão das sementes nas soluções/tratamentos por 30 minutos e depois as sementes foram secas. Foram avaliadas a germinação, primeira contagem de germinação, índice de velocidade de germinação, condutividade elétrica, emergência, índice de velocidade de emergência e massa seca da parte aérea. Na comparação entre as fontes de molibdênio, o tratamento com molibdato de amônio apresentou maior valor para a primeira contagem de germinação do que o quelato. No geral, observou-se redução na germinação e no vigor das sementes tratadas com molibdênio em comparação ao controle, principalmente nas maiores doses. Portanto, não se recomenda fazer o tratamento de sementes de brócolis pelo método de imersão nas concentrações e fontes testadas.
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