O atuar da equipe de saúde no manejo do delirium em idosos: análise segundo Freire

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27313

Palavras-chave:

Delirium; Idoso; Equipe de enfermagem; Percepção; Conhecimento.

Resumo

Identificar a opinião da equipe de enfermagem quanto à equipe de saúde e familiares envolvidos no manejo do delirium no idoso. Estudo exploratório, descritivo com abordagem qualitativa, utilizando entrevistas semiestruturadas realizada com 28 profissionais de enfermagem de uma unidade clínica num hospital de nível terciário, na Região Sul. Os dados foram categorizados através da técnica de análise de conteúdo com apoio do software NVivo ® e discutidos à luz do pensar de Paulo Freire. Emergiram três categorias temáticas: “Atuação junto com a interdisciplinaridade”; “O contexto da família relacionado ao cuidado do idoso com delirium” e “Limitação estrutural do processo de trabalho da equipe de enfermagem no manejo do delirium”. Há necessidade de que os profissionais de todas as áreas envolvidas no cuidado do idoso com delirium conheçam as ações específicas de cada um no controle e prevenção do distúrbio, inclusive o papel dos familiares. Essa constatação está de acordo com o pensamento de Paulo Freire, para quem o profissional precisa progredir de uma consciência ingênua sobre seu trabalho e ambiente para ter uma consciência crítica sobre sua realidade, reconhecendo seu campo de trabalho e suas ações, para assim ser possível transformar sua prática.

Referências

American Geriatrics Society Expert Panel on Postoperative Delirium in Older Adults (2015). Postoperative delirium in older adults: best practice statement from the American Geriatrics Society. Journal of the American College of Surgeons, 220(2),136-148.e1. https://doi.org/10.1016/j.jamcollsurg.2014.10.019

American Psychiatric Association (2014). DSM-V: manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais. 5ª ed. Porto Alegre: Artmed.

Bardin L. (2016). Análise de conteúdo. 3a ed. Lisboa: Edições 70.

Bosmak, F. S., Gibim, P. T., Guimarães, S., & Ammirati, A. L. Incidência de delirium em pacientes pós-operatórios tratados com artroplastia total de joelho e quadril. Revista da Associação Médica Brasileira, 63, (3), 248-251. https://doi.org/10.1590/1806-9282.63.03.248

Cavalcanti, V. O., Cavalcanti, I. S. S., Nascimento, B. L. C., & Medeiros Neta, O. M. (2017). A análise de conteúdo com a utilização do software Nvivo: a aplicação no campo da educação profissional. Atas do VIII Encontro Ibérico EDICIC. Universidade de Coimbra, Portugal. https://memoria.ifrn.edu.br/bitstream/handle/1044/1417/Aanalisedeconte%c3%bado_2017_Artigo%20de%20evento.pdf?sequence=6&isAllowed=y

Chong, M. S., Chan, M., Tay, L., & Ding, Y. Y. (2014). Outcomes of an innovative model of acute delirium carethe Geriatric Monitoring Unit (GMU). Clinical interventions in Aging, 9, 603-612. https://doi.org/10.2147/CIA.S60259

Faustino, T. N., Pedreira, L. C., Freitas, Y. S., Silva, R. M. O., & Amaral, J. B. (2016). Prevention and monitoring of delirium in older adults: an educational intervention. Revista Brasileira de Enfermagem, 69(4), 678-685. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2016690416i

Finucane, A. M., Lugton, J., Kennedy, C., & Spiller, J. A. (2017). The experiences of caregivers of patients with delirium, and their role in its management in palliative care settings: an integrative literature review. Psycho-oncology, 26(3), 291-300. https://doi.org/10.1002/pon.4140

Freire P. (2013). Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Freire P. (2018). Conscientização: teoria e prática da libertação. São Paulo: Cortez

Gohn, M. G. & Hom, C. S. (2008). Abordagens teóricas para o estudo dos movimentos sociais na América Latina. Cad CRH, 21 (54), 439-455. https://doi.org/10.1590/S0103-49792008000300003

Gorski S, Piotrowicz K, Rewiuk K, Halicka M, Kalwak W, Rybak P, …Grodzicki, T. (2017). Nonpharmacological interventions targeted at delirium risk factors, delivered by trained volunteers (medical and psychology students), reduced need for antipsychotic medications and the length of Hospital Stay in aged patients admitted to an acute internal medicine ward: pilot study. BioMed Research International, 2017,1297164. https://doi.org/10.1155/2017/1297164 2017:1297164.

Intuye, S. K., Westendorp, R. G., & Saczynski, J. S. (2014). Delirium in elderly people. Lancet, 383(9920), 911-922. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(13)60688-1

Janssen, T. L., Hosseinzoi, E., Vos, D. I., Veen, E. J., Mulder, P., van der Holst, A. M., & van der Laan, L. (2019). The importance of increased awareness for delirium in elderly patients with rib fractures after blunt chest wall trauma: a retrospective cohort study on risk factors and outcomes. BMC Emergency Medicine, 19(1), 34. https://doi.org/10.1186/s12873-019-0248-z

LaHue, S. C., Douglas, V. C., Kuo, T., Conell, C. A., Liu, V. X, Josephson, S. A..& Brooks, K. B. (2019). Association between inpatient delirium and hospital readmission in patients ≥ 65 years of age: a retrospective cohort study. Journal of Hospital Medicine, 14(4), 201-206. doi: 10.12788/jhm.3130

Ludolph, P., Stoffers-Winterling J., Kunzler, A. M., Rösch, R., Geschke, K., Vahl, C. F., & Lieb, K. (2020). Non-pharmacologic multicomponent interventions preventing delirium in hospitalized people. Journal of the American Geriatrics Society, 68(8),1864-1871. https://doi.org/10.1111/jgs.16565

Martinez, F., Tobar, C., & Hill, N. (2015). Preventing delirium: should non-pharmacological, multicomponent interventions be used? A systematic review and meta-analysis of the literature. Age Ageing, 44(2), 196-204. https://doi.org/10.1093/ageing/afu173

Oh, E. S., Fong, T. G., Hshieh, T. T., & Inouye, S. K. (2017). Delirium in older persons: advances in diagnosis and treatment. JAMA, 318(12), 1161-1174. https://doi.org/10.1001/jama.2017.12067

Panitchote, A.; Tangvoraphonkchai, K.; Suebsoh, N. et al. (2015). Under-recognition of delirium in older adults by nurses in the intensive care unit setting. Aging Clin Exp Res. 27 (5), 735-740. https://doi: 10.1007/s40520-015-0323

Pezzullo, L., Streatfeild, J., Hickson, J., Teodorczuk, A., Agar, M. R., & Caplan, G. A. (2019). Economic impact of delirium in Australia: a costs of illness study. BMJ Open, 9(9), e027514. http:// dx.doi.org/10.1136/bmjopen2018-027514

QSR International (2020). NVivo for Windows 11. http://www.qsrinternational.com/nvivo-product

Young, J., Murthy, L., Westby, M., Akune, A., & O’Mahony, R. (2010). Diagnosis, prevention and management of delirium: summary of NICE guidance. BMJ, 341, c3714. https://doi.org/10.1136/bmj.c3704

Downloads

Publicado

17/03/2022

Como Citar

LONGHI, F. A.; GIROTI, S. K. de O.; HADDAD, M. do C. F. L. .; CARREIRA, L.; DELLAROZA, M. S. G. . O atuar da equipe de saúde no manejo do delirium em idosos: análise segundo Freire. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e24811427313, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27313. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27313. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde