Identificação da degradação do amido do pão pela saliva (enzima amilase salivar) por meio do Lugol 2%: uma proposta experimental
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.27354Palavras-chave:
Amilase salivar; Aula prática; Ensino médio; Experimentação; Investigação; Sistema digestório humano.Resumo
A Fisiologia Animal, é a área da Biologia que se preocupa em estudar o funcionamento do organismo, no entanto, detém muitos termos e processos, sendo um desafio para a plena aprendizagem dos alunos. Assim, nos dias atuais, tornar mais facilitada e instigante a contextualização desse conhecimento é um desafio constante por parte do professor. Somado a isso, aulas pautadas no modelo maeramente expositivo, podem causar desinteresse e déficit de atenção nos alunos. Para superarmos tais obstáculos, o presente trabalho possui como principal objetivo, uma proposta exprimental, os alunos da 2ª série do Ensino Médio, na disciplina de Biologia, facilitando a contextualização da Fisiologia do Sistema Digestório humano, no que tange a ação da enzima amilase salivar (ptialina) no amido do pão, por meio do Lugol 2%. Como resultado, os alunos irão perceber que o Lugol 2% irá corar o amido do pão, com uma coloração bem escura, em detrimento a complexação das moléculas de Iodo do referido reagente, com a estrutura ramificada do pão (polissacarídeo). Já, com o tratamento que contém o pedaço de pão, o Lugol 2% e a saliva, a complexação das moléculas de Iodo do reagente Lugol 2% não irá ocorrer e sua coloração escura logo desaparecerá, devido ao fato da saliva administrada conter a enzima amilase salivar (ptialina), que irá quebrar o amido do pão (polissacarídeo), transformando-o em dissacarídeo (maltose). Assim, espera-se que e o envolvimento dos alunos e as discussões mediadas pelo professor da disciplina, possam facilitar a aprendizagem do tema proposto, além de instigar os alunos no ato da experimentação científica. Por fim, podemos ressaltar que a atividade experimental proposta, pode ser adaptada para ser efetuada dentro de sala de aula, ou em casa pelos próprios alunos, não necessitando de uma estrutura laboratorial física, com vidrarias ou equipamentos onerosos.
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