Oferta de alimentos ultraprocessados em restaurante de uma universidade pública
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27375Palavras-chave:
Guias Alimentares; Alimentação Coletiva; Serviços de Alimentação; Universidade.Resumo
O presente estudo teve como objetivo analisar a oferta de alimentos ultraprocessados na produção de refeições servidas a estudantes de uma universidade pública, com base na classificação Nova, e verificar sua adequação com as recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira. Metodologia: Foi analisada a lista de alimentos adquiridos para confecção dos cardápios dos meses de outubro e novembro de 2019, bem como os dados sociodemográficos dos estudantes que realizam suas refeições no local. Resultados: Os alimentos ultraprocessados representaram 18,79% do total de alimentos adquiridos; dentre eles observa-se uma maior frequência na aquisição de doces (35,71%), condimentos e molhos (17,85%), seguido de biscoitos e bebidas prontas. Conclusão: A presença desses alimentos interfere negativamente na qualidade da refeição servida, além de representar um risco para a saúde da população estudantil que realiza suas refeições neste restaurante. Ações educativas de formação de hábitos saudáveis devem ser implementadas ou reforçadas de forma a possibilitar que o RU se mantenha como um espaço privilegiado para ações de promoção à saúde da comunidade estudantil, oportunizando escolhas alimentares saudáveis, autônomas e conscientes.
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