Pulverização dirigida no sulco e inoculação na semente de milho com Azospirillum brasilense
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27401Palavras-chave:
Fixação biológica; Nitrogênio; Zea mays.Resumo
Existe um interesse crescente pelo uso de inoculantes contendo bactérias promotoras de crescimento de plantas (BPCP), as quais também podem incrementar a produtividade das culturas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a influência de diferentes métodos de inoculação de BPCP Azospirillum brasilense no desenvolvimento vegetativo e na produção de grãos da cultura do milho em diferentes zonas de relevo. O experimento foi conduzido em Cruzeiro do Sul (RS), com a semeadura mecanizada do híbrido Velox TL®, de ciclo superprecoce. O delineamento experimental foi esquema fatorial 3x3, considerando três métodos de inoculação (inoculação de sementes, aplicação dirigida no sulco e sem inoculação) e três distintas zonas de relevo (alta, média e baixa altitude), com três repetições. Foram determinadas as variáveis altura de planta, diâmetro do colmo, número de grãos por planta e matéria seca. Os dados foram submetidos ao teste de Tukey, ao nível de 5% de probabilidade de erro. Não houve interação entre os métodos de inoculação e as zonas de relevo. A inoculação de A. brasilense, tanto no tratamento de aplicação dirigida no sulco, como na inoculação direta das sementes de milho, proporcionou apenas maior altura final das plantas, quando comparadas ao manejo sem a utilização de inoculação das sementes. A variável diâmetro do colmo foi influenciada pela posição no relevo, demonstrando a importância da agricultura de precisão ao não considerar as áreas como sendo homogêneas.
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