Traumatismo cranioencefálico: análise documental sobre o perfil epidemiológico em um hospital da Região Norte do Ceará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27508Palavras-chave:
Lesões Encefálicas Traumáticas; Epidemiologia; Neuropsicologia.Resumo
O traumatismo cranioencefálico (TCE) se configura como uma problemática do campo da saúde pública, tendo em vista a sua incidência e seus agravos consequentes. Para além de prejuízos físicos, lesões encefálicas são danosas no que se refere às principais funções cognitivas, a saber: memória, funções executivas, atenção e linguagem. Objetivo: caracterizar o perfil epidemiológico dos casos de TCE na região norte do estado do Ceará e, a partir disso, identificar a prevalência dos tipos e locais das lesões. Metodologia: a partir de uma pesquisa documental, levantou-se dados epidemiológicos ao longo dos últimos seis anos, ou seja, 2015-2020, a partir de uma pesquisa documental em prontuários médicos, realizada no complexo hospitalar referência de trauma da região norte do Ceará: Santa Casa de Misericórdia de Sobral. Resultados: Dos 366 prontuários analisados, 284 pacientes receberam alta hospitalar (78%) e 27 constaram como outros motivos de saída da instituição, a exemplo de evasão e transferência para outro hospital (7%). O primeiro grupo foi considerado o dos sobreviventes, enquanto que o segundo impossibilitou o registro de tal informação. Além disso, os acidentes de trânsito se configuraram como a principal causa do TCE com uma predominância de lesão nos lobos frontal e temporal, situados no córtex pré-frontal, com prejuízo nas funções executivas. Conclusão: O presente estudo se propôs a construir uma epidemiologia atualizada da prevalência do Traumatismo Cranioencefálico na região norte do Ceará, a fim de discutir os resultados à luz da literatura vigente acerca da temática, focalizando nas possíveis sequelas neuropsicológicas.
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