Análise epidemiológica da dengue, na microrregião Castanhal, estado do Pará, Brasil, no período de 2016 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27706

Palavras-chave:

Epidemiologia; Dengue; Arbovirose.

Resumo

O Brasil é o país latino-americano mais afetado por casos de dengue, a qual gera prejuízos à saúde, com sintomas variados conforme a gravidade da infecção. Avaliar os fatores que contribuem para a propagação dessa patologia é fundamental para auxiliar seu controle. Realizou-se um estudo epidemiológico, descritivo e transversal, com dados obtidos do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), sobre as notificações de casos de Dengue na microrregião de Castanhal, no estado do Pará, entre 2016 a 2020. Também se buscou estudos da Biblioteca Virtual da Saúde (BVS), utilizando o software Bioestat. Analisou-se variáveis como sexo, raça, faixa etária, escolaridade, hospitalização e evolução. O município mais afetado pela dengue foi o município de Castanhal, em virtude da sua maior urbanização na região e problemáticas nesse processo, acentuando a disseminação da Dengue. Quanto à sazonalidade, meses de janeiro a maio apresentaram maiores quantidades de casos. O perfil epidemiológico evidencia maior incidência entre o sexo masculino, pessoas pardas, e idades entre 20 e 59 anos. Com evolução pouco registrada, contudo 29,5% indicou cura. Para escolaridade, os maiores indicadores foram “Ign/Branco” e ensino médio completo. Ademais, 63,57% dos casos não necessitaram hospitalização. A análise permitiu identificar a incidência da Dengue na região; sazonalmente, há proporcionalidade com o aumento dos índices pluviométricos; quanto ao perfil epidemiológico, não se observou importância estatística para variável “sexo”. O estudo limita-se na identificação das causas para o aumento súbito em 2018, outrossim o alto número de respostas “Ign/Branco” em algumas variáveis.

Biografia do Autor

Renan Serrão de Souza, Universidade do Estado do Pará

Acadêmico no 2° ano do curso de medicina na Universidade do Estado do Pará

Referências

Almeida, L. S. et al. (2020) Saneamento, Arboviroses e Determinantes Ambientais: Impactos na saúde urbana. Ciência Saúde Coletiva, 25(10), 3857-3867.

Andrioli, D. C. et al. (2020). Características da epidemia de dengue em Pinhalzinho, Santa Catarina, 2015-2016. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 29(4), 1-7.

Barroso, I. L. D. et al. (2020). Um estudo sobre a prevalência da dengue no Brasil: Análise da literatura. Brazilian Journal Of Development, 8 (6), 61878-61883.

Böhm, A. W. et al. (2016). Tendência da incidência de dengue no Brasil, 2002-2012. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 25 (4), 725-733.

Cruz, G. D. P. D. (2021). Análise da associação entre a incidência de dengue e a precipitação pluviométrica no município de Joinville entre os anos de 2015 e 2020. Universidade Federal de Santa Catarina.

Cunha, T. H. C. da S. & Hamad, G. B. N. Z. (2012). Condições ambientais como fator de risco na prevalência da Dengue. Anais I ENECT / UEPB, 1 (1), 1-8.

Donalisio, M. R., Freitas, A. R. R., & Zuben, A. P. B. V. (2017). Arboviroses emergentes no Brasil: desafios para a clínica e implicações para a saúde pública. Revista de saúde pública, 51.

Duarte, J. L. et al. (2019). Climatic variables associated with dengue incidence in a city of the Western Brazilian Amazon region. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 52, 1-8.

Ferreira, A. C., Chiaravalloti Neto, F., & Mondini, A. (2018). Dengue em Araraquara, SP: epidemiologia, clima e infestação por Aedes aegypti. Revista de Saúde Pública, 52.

Gabriel, A. F. B. et al. (2018). Avaliação de impacto à saúde da incidência de dengue associada à pluviosidade no município de Ribeirão Preto, Cadernos

Saúde Coletiva [online], 26 (4), 446-452.

Hochman, B., Nahas, F. X., Oliveira Filho, R. S. D., & Ferreira, L. M. (2005). Desenhos de pesquisa. Acta Cirúrgica Brasileira, 20, 2-9.

Huy, B. V., & Toàn, N. V. (2022). Prognostic indicators associated with progresses of severe dengue. PloS one, 17(1), e0262096.

Katzelnick, L. C et al. (2018). Dengue: knowledge gaps, unmet needs, and research priorities. The Lancet Infectious Diseases, 17, (3), 88-100.

Lima-Costa, M. F., & Barreto, S. M. (2003). Tipos de estudos epidemiológicos: conceitos básicos e aplicações na área do envelhecimento. Epidemiologia e serviços de saúde, 12(4), 189-201.

Masrani, A. S. et al. (2022). Trends and Spatial Pattern Analysis of Dengue Cases in Northeast Malaysia. Journal of Preventive Medicine and Public Health, 55(1), 80.

Mol, M. P. G. et al. (2020). Gestão adequada de resíduos sólidos como fator de proteção na ocorrência da dengue. Revista Panamericana de Salud Pública, 44, e22, 1-9.

Nascimento, J. F. et al. (2022). Influence of abiotic factors on the oviposition of Aedes (Stegomyia) aegypti (Diptera: Culicidae) in Northern Paraná, Brazil. International Journal of Tropical Insect Science, 1-6.

Ribeiro, A. C. M. et al. (2020). Condições socioambientais relacionadas à permanência da dengue no Brasil-2020. Revista Saúde e Meio Ambiente, 11(2), 326-340.

Silva, N. D. S. et al. (2020). Avaliação da Relação Entre a Climatologia, as Condições Sanitárias (Lixo) e a Ocorrência de Arboviroses (Dengue e Chikungunya) em Quixadá-CE no Período Entre 2016 e 2019. Revista Brasileira de Meteorologia, 35, 485-492.

Soares, P. V. et al. (2021). A Influência das Variáveis Meteorológicas na Ocorrência de Casos de Dengue em Fortaleza, Ceará. Revista Brasileira de Meteorologia [online], 36 (4), 759-766.

Uno, N., & Ross, T. M. (2018). Dengue virus and the host innate immune response. Emerging microbes & infections, 7(1), 1-11.

Xavier, L. L., Honório, N. A., Pessanha, J. F. M., & Peiter, P. C. (2021). Analysis of climate factors and dengue incidence in the metropolitan region of Rio de Janeiro, Brazil. Plos one, 16(5), e0251403.

Downloads

Publicado

28/03/2022

Como Citar

SOUZA, R. S. de; MARTINS, G. M. de S. .; MOURA, E. de S. .; PORTO, J. P. P. .; LOPES, V. R. .; OLIVEIRA, D. M. de; SOUSA JÚNIOR, A. da S. . Análise epidemiológica da dengue, na microrregião Castanhal, estado do Pará, Brasil, no período de 2016 a 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e1111527706, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.27706. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27706. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde