Implantação do modelo de acesso avançado em unidades de saúde: aceitabilidade, viabilidade e sustentabilidade

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i4.27710

Palavras-chave:

Atenção Primária à Saúde; Estratégia de Saúde da Família; Acesso aos serviços de saúde.

Resumo

Objetivo: Apresentar resultados preliminares da implantação do modelo de Acesso Avançado em unidades de saúde da família. Métodos: Trata-se de um uma pesquisa de implementação. O cenário do estudo foi a Coordenadoria Sul do município de São Paulo, os sujeitos foram profissionais de saúde e gestores das 13 UBS envolvidas com a implantação do modelo de Acesso Avançado. Os dados foram coletados mediante entrevistas semiestruturadas, analisados com base na análise de conteúdo e organizados segundo as percepções de aceitabilidade, viabilidade e sustentabilidade. Resultados: Os resultados apontaram que o modelo de Acesso Avançado tem aceitabilidade positiva, já a sustentabilidade do modelo é questionada pelos médicos e a viabilidade pelos enfermeiros e gestores. Conclusão: Para que a implantação desse modelo se torne uma melhoria é preciso investir na:  1) utilização de prontuários eletrônicos e de protocolos clínicos mais resolutivos para os enfermeiros; 2) incorporação de estratégias para assistência remota; 3) mudança dos paradigmas dos profissionais de saúde e dos usuários sobre a relação entre agenda e continuidade da assistência.

Referências

Ávila, R. C. (2014). Formação das mulheres nas escolas de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 38 (1), 142-149. doi:10.1590/S0100-55022014000100019.

Barbosa, L. G. et al. (2019). Recursos Humanos e Estratégia Saúde da Família no norte de Minas Gerais: avanços e desafios. Cadernos de Saúde Coletiva, 27 (3), 287-294. 10.1590/1414-462X201900030084.

Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Edições 70.

Castro, D. M. (2021). Percepção dos coordenadores sobre a implementação do modelo de acesso avançado [Dissertação]. Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. Mestrado em Enfermagem na Atenção Primária em Saúde no SUS.

Chazan, C. P. S & Dias-da-Costa, J. S. (2021). Avaliação da atenção primária em Sapucaia do Sul: comparação entre o modelo tradicional e a Estratégia Saúde da Família. Cadernos de Saúde Coletiva, 29 (1), 98-109. 10.1590/1414-462X202129010362.

Cirino, F. M. S. B, Schneider Filho, D.A, Nichiata, L. Y. I., & Fracolli, L. A. (2020). O Acesso Avançado como estratégia de organização da agenda e de ampliação do acesso em uma Unidade Básica de Saúde de Estratégia Saúde da Família, município de Diadema, São Paulo. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 15 (42), 2111. 10.5712/rbmfc15(42)2111.

D'avila, O. P. (2021). Use of Health Services and Family Health Strategy Households Population Coverage in Brazil. Cadernos de Saúde Coletiva, 26 (9), 3955-64. 10.1590/1413-81232021269.11782021

Ecco Canuto, L., Silva, A. F. L da, Pinheiro, L. S. P, Canuto Júnior, J. C. A & Santos, N. L. P dos. (2021). Estudo da demanda de uma equipe da Estratégia Saúde da Família que utiliza o acesso avançado como modelo de organização da agenda. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 16 (43), 2378. doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2378.

Farah, B. F, Dutra, H. S, Sanhudo, N. F., & Costa, L. M. (2017). Percepção de enfermeiros supervisores sobre liderança na atenção primária. Revista Cuidarte, 8 (2), 1638-55. 10.15649/cuidarte.v8i2.398.

Ferreira, M. S. G., & Anderson, M. I. P. (2020). Sobrecarga de trabalho e estresse: relato sobre um grupo de apoio à saúde do trabalhador em uma Unidade de Saúde da Família. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 15 (42), 2188. 10.5712/rbmfc15(42)2188.

Godfrey, M. M. (2004). Clinical microsystem action guide. Hanover: Trustees of Dartmouth College.

Knight, A. & Lembke, T. (2013). Appointment 101: how to shape a more effective appointment system. Aust. Fam. Physician, 42 (3), 152-6. Retrieved from https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23529528/

Mendes, E. V. (2015). A construção social da atenção primária à saúde. 1st ed. Brasília: Conselho Nacional de Secretários de Saúde – CONASS.

Mendes, E. V. (2011). As redes de atenção à saúde. Brasil: Organização pan-americana de saúde. As mudanças na atenção à saúde e a gestão da clínica: A gestão da clínica; p. 293-437.

Mendes, E. V. (2012). O cuidado das condições crônicas na atenção primária à saúde: o imperativo da consolidação da estratégia da saúde da família. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde.

Ministério da Saúde (Brasil). (2017). Portaria nº. 2.436, de 21 de setembro de 2017. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial da República Federativa do Brasil.

Nelson, E., Batalden, P. & Godfrey, M. (2007). Quality by design: a clinical system approach. Jossey-Bass Publishers.

Organização Pan-Americana da Saúde. (2018). Relatório 30 anos de SUS, que SUS para 2030? Brasília: OPAS.

Pedraza, D.F, Queiroz, D. de, Vendas, M. C., & Menezes, T. N de. (2018). Caracterização da atuação do enfermeiro e profissional de saúde no Núcleo de Apoio à Saúde da Família na Atenção Básica à Saúde. ABCS Health Sciences, 43 (2), 77-83. 10.7322/abcshs.v43i2.993.

Pierantoni, C. R. et al. (2015). Rotatividade da força de trabalho médica no Brasil. Saúde em Debate, 39 (106), 637-647. 10.1590/0103-110420151060003006.

Pires, L. A. S., et al. (2019). Acesso Avançado em uma Unidade de Saúde da Família do interior do estado de São Paulo: um relato de experiência. Saúde em Debate, 43 (121), 605-613. 10.1590/0103-1104201912124

Ranzi D. V. M. (2021). Laboratório de inovação na Atenção Primária à Saúde: implementação e desdobramentos. Cadernos de Saúde Coletiva, 26 (6), 1999-2011. 10.1590/1413-81232021266.02922021.

Rocha, S. A., et al. (2016). Acesso aos cuidados primários de saúde: revisão integrativa. Physis, 26 (1), 87-111. 10.1590/S0103-73312016000100007

Sociedade Beneficente Israelita Brasileira. (2018). Atuação com a prefeitura de SP: Unidades Básicas de Saúde (UBS). https://www.einstein.br/responsabilidade-social/atuacao-com-a-prefeitura-de-sp/unidades-basicas-de-saude-ubs.

Stein, A. T., & Ferri, C. P. (2017). Inovação e avanços em atenção primária no Brasil: novos desafios. Revista Brasileira de Medicina da Família e Comunidade, 12 (39), 1-4. 10.5712/rbmfc12(39)1586.

Treichel, C. A, et al. (2019). Comitê Gestor da Pesquisa como dispositivo estratégico para uma pesquisa de implementação em saúde mental. Saúde em Debate, 43 (2), 35-47. 10.1590/0103-11042019S203.

Vidal, T. B. (2013). O acesso avançado e sua relação com o número de atendimentos médicos em atenção primária à saúde [Dissertação]. Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Pós-graduação em epidemiologia.

Downloads

Publicado

23/03/2022

Como Citar

GRANJA, G. F.; SOUZA, K. O. C. de; SOARES, B. H.; GRYSCHEK, A. L. de F. P. L.; NICHIATA, L. Y. I.; FRACOLLI, L. A. Implantação do modelo de acesso avançado em unidades de saúde: aceitabilidade, viabilidade e sustentabilidade . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 4, p. e43611427710, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i4.27710. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/27710. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde