O resgate da cultura dos partos domiciliares: uma revisão integrativa de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2792

Palavras-chave:

Parto domiciliar; Enfermagem; Enfermeiras obstétricas.

Resumo

O estudo objetiva analisar as evidências científicas sobre o parto domiciliar e como vem se desenvolvendo o trabalho dos enfermeiros em seu cotidiano. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura por meio de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com descritores pré-selecionados, obtendo-se estudos indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE E BDENF, no período de 1998 até o primeiro semestre de 2017. Foram encontrados 12 artigos, divididos por similaridade e utilizados como base para a criação de 3 categorias para discussão:  I Restituição Histórica e Cultural do Parto Domiciliar: transição ao parto institucionalizado, com 3 artigos; II Atuação de Enfermeiras Obstetras no Parto Domiciliar, com 5 artigos; e III A escolha pelo parto domiciliar e o papel do enfermeiro no fortalecimento da mesma, com 4 artigos. A leitura detalhada dos artigos nos permitiu observar que o parto domiciliar vem sendo abordado como um canal de vínculo de confiança da mulher consigo mesma e com o profissional, uma vez que ambos tornam-se responsáveis pela tomada de decisões a respeito do planejamento dos seus cuidados, de forma que a mulher participe ativamente e seja protagonista do seu parto.

O estudo objetiva analisar as evidências científicas sobre o parto domiciliar e como vem se desenvolvendo o trabalho dos enfermeiros em seu cotidiano. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura por meio de pesquisa na Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) com descritores pré-selecionados, obtendo-se estudos indexados nas bases de dados LILACS, MEDLINE E BDENF, no período de 1998 até o primeiro semestre de 2017. Foram encontrados 12 artigos, divididos por similaridade e utilizados como base para a criação de 3 categorias para discussão:  I Restituição Histórica e Cultural do Parto Domiciliar: transição ao parto institucionalizado, com 3 artigos; II Atuação de Enfermeiras Obstetras no Parto Domiciliar, com 5 artigos; e III A escolha pelo parto domiciliar e o papel do enfermeiro no fortalecimento da mesma, com 4 artigos. A leitura detalhada dos artigos nos permitiu observar que o parto domiciliar vem sendo abordado como um canal de vínculo de confiança da mulher consigo mesma e com o profissional, uma vez que ambos tornam-se responsáveis pela tomada de decisões a respeito do planejamento dos seus cuidados, de forma que a mulher participe ativamente e seja protagonista do seu parto.

Referências

Acker, J. I. B. V., Annoni, F., Carreno, I., Hahn, G. V., & Medeiros, C. R. G. (2006). As parteiras e o cuidado com o nascimento. Revista Brasileira de Enfermagem, 59(5), 647-651.

Ackermann-Liebrich, U., Voegeli, T., Gunter-Witt, K., Kunz, I., Zullig, M., Schindler, C., ... & Zurich Study Team. (1996). Home versus hospital deliveries: follow up study of matched pairs for procedures and outcome. Bmj, 313(7068), 1313-1318.

Agência Nacional de Saúde Complementar. (2008). O modelo de atenção obstétrica no setor de saúde suplementar no Brasil: cenários e perspectivas.

Azevedo, L. G. F. (2008). Estratégias de luta das enfermeiras obstétricas para manter o modelo desmedicalizado na Casa de Parto David Capistrano Filho [dissertação]. Rio de Janeiro (RJ): Faculdade de Enfermagem, Universidade do Estado do Rio de Janeiro.

Barcellos, R. M. G. (2005). A infra-estrutura física na humanização do parto. Rattner D, Trench B, organizadores. Humanizando nascimentos e partos. São Paulo: Editora Senac.

Cechin, P. L. (2002). Reflexões sobre o resgate do parto natural na era da tecnologia. Revista Brasileira de Enfermagem, 55(4), 444-448.

Davim, R. M. B., & Menezes, R. M. P. D. (2001). Assistência ao parto normal no domicílio. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 9(6), 62-68.

Davis Floyd, R. (2001). The technocratic, humanistic, and holistic paradigms of childbirth. International Journal of Gynecology & Obstetrics, 75, S5-S23.

Eason, E., & Feldman, P. (2000). Much ado about a little cut: is episiotomy worthwhile?. Obstetrics & Gynecology, 95(4), 616-618.

Feyer, I. S. S., Monticelli, M., Volkmer, C., & Burigo, R. A. (2013). Publicações científicas brasileiras de enfermeiras obstétricas sobre parto domiciliar: revisão sistemática de literatura. Texto & Contexto Enfermagem, 22(1), 247-256.

Gualda, D. A experiência, o significado e a realidade da enfermeira obstetra: um estudo de caso. São Paulo, 1998 (Doctoral dissertation, Tese (Livre Docência)-Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo).

Hotimski, S. N. (1997). Lidando com a dor no trabalho de parto. Editorial. Genp.

Koettker, J. G., Collaço, V. S., Feyer, I. S., & Burigo, R. A. (2008). Hanami: o florescer da vida-enfermeiras no atendimento ao parto domiciliar planejado. In CONGRESSO SULBRASILEIRO DE ALEITAMENTO MATERNO E BANCOS DE LEITE HUMANO-NASCIMENTO E AMAMENTAÇÃO: DESAFIOS PARA O 3º MILÊNIO, I.

Kruno, R. B., & Bonilha, A. L. D. L. (2004). Parto no domicílio na voz das mulheres: uma perspectiva à luz da humanização. Revista gaúcha de enfermagem= Revista gaucha de enfermería= Nursing journal of Rio Grande do Sul. Porto Alegre. Vol. 25, n. 3 (dez., 2004), p. 396-407.

Leal, M. D. C., Pereira, A. P. E., Domingues, R. M. S. M., Filha, M. M. T., Dias, M. A. B., Nakamura-Pereira, M., ... & Gama, S. G. N. D. (2014). Intervenções obstétricas durante o trabalho de parto e parto em mulheres brasileiras de risco habitual. Cadernos de Saúde Pública, 30, S17-S32.

Maia, M. B. (2010). Humanização do parto: política pública, comportamento organizacional e ethos profissional. Editora Fiocruz.

Medeiros, R. M. K., Santos, I. M. M. D., & Silva, L. R. D. (2008). A escolha pelo parto domiciliar: história de vida de mulheres que vivenciaram esta experiência. Escola Anna Nery, 12(4), 765-772.

Mendes, K. D. S., Silveira, R. C. D. C. P., & Galvão, C. M. (2008). Revisão integrativa: método de pesquisa para a incorporação de evidências na saúde e na enfermagem. Texto & Contexto-Enfermagem, 17(4), 758-764.

Milbrath, V. M., Amestoy, S. C., Soares, D. C., & Siqueira, H. C. H. D. (2010). Vivências maternas sobre a assistência recebida no processo de parturição. Escola Anna Nery, 14(3), 462-467.

Monticelli, M. (1997). Nascimento: como um rito de passagem: abordagem para o cuidado as mulheres e recem-nascidos. Robe.

Moreira, T. M. M., Viana, D. D. S., Queiroz, M. V. O., & Jorge, M. S. B. (2008). Conflitos vivenciados pelas adolescentes com a descoberta da gravidez. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 42(2), 312-320.

Nakano, A. M. S., & Mamede, M. V. (1994). O significado do parto na visão de casais grávidos. Revista Brasileira de Enfermagem, 47(2), 118-123.

Notas sobre nascimento e parto (1997). Editorial. Genp, outubro; 2(4).

de Oliveira, A. S. S., Rodrigues, D. P., Guedes, M. V. C., & Felipe, G. F. (2010). Percepção de mulheres sobre a vivência do trabalho de parto e parto. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 11, 32-41.

Organização Mundial da Saúde (1996). Assis¬tência ao parto normal: um guia prático. Genebra.

Pereira, A. L. D. F., & Moura, M. A. V. (2009). Hegemonia e contra-hegemonia no processo de implantação da Casa de Parto no Rio de Janeiro. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 43(4), 872-879.

Progianti, J. M., & da Costa Vargens, O. M. (2004). As enfermeiras obstétricas frente ao uso de tecnologias não invasivas de cuidado como estratégias na desmedicalização do parto. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 8(2), 194-197.

Resende, J. (2005). Obstetrícia. 10ªed. Rio de Janeiro (RJ): Guanabara Koogan.

Rezende, J. (2011). Obstetrícia fundamental. 12th ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.

Sanfelice, C. F. D. O., Abbud, F. D. S. F., Pregnolatto, O. S., Silva, M. G. D., & Shimo, A. K. K. (2014). Do parto institucionalizado ao parto domiciliar. Rev. Rene, 362-370.

Souza, H. R. (2005). A arte de nascer em casa: um olhar antropológico sobre a ética, a estética e a sociabilidade no parto domiciliar contemporâneo. Disertação de Mestrado UFSC.

Souza, Z. N. R., da Rosa, M. C., & Bastiani, J. D. A. N. (2011). Maternidade: percepções de gestantes primíparas usuárias do Serviço Básico de Saúde. Health Sci Inst. 29(4):272-5.

Torres, J. A., Santos, I. D., & Vargens, O. M. D. C. (2008). Construindo uma concepção de tecnologia de cuidado de enfermagem obstétrica: estudo sociopoético. Texto & Contexto-Enfermagem, 17(4), 656-664.

Tosi, L. (1998). Mulher e ciência: a revolução científica, a caça às bruxas e a ciência moderna. cadernos pagu, (10), 369-397.

Downloads

Publicado

16/03/2020

Como Citar

MEDEIROS, M. L.; SANTOS, T. M. dos; OLIVEIRA, M. P. L. C.; COSTA, A. W. S. da; OLIVEIRA, E. N. de; SILVA, M. A. R.; OLIVEIRA, R. F. de. O resgate da cultura dos partos domiciliares: uma revisão integrativa de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 4, p. e40942792, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i4.2792. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/2792. Acesso em: 8 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde