Utilização de bactérias diazotróficas associativas em áreas de pastagens: Alternativa para mitigação dos gases do efeito estufa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.27939Palavras-chave:
Agropecuária; Pastagens; Sustentabilidade.Resumo
A pecuária brasileira é de suma importância para a economia do país. As pastagens se destacam pelo seu baixo custo, e, quando em bom estado, atendem às necessidades nutricionais dos animais. Porém, as condições atuais dos pastos brasileiros têm sido questionadas quanto à ausência de manejo adequado e pela falta de rotatividade dos animais, resultando em um aumento nas taxas de degradação e nos índices de emissão de gases do efeito estufa (GEE). O objetivo deste trabalho foi abordar o uso de bactérias diazotróficas associativas como alternativa sustentável na produção animal e mitigação dos GEE. Os fertilizantes químicos, além do elevado potencial poluidor, são onerosos ao produtor, fazendo com que a prática não seja satisfatória ao pecuarista. Nesse contexto, o uso de bactérias diazotróficas torna-se uma alternativa viável devido aos seus benefícios para o sistema solo, planta e atmosfera, atuando como promotoras de crescimento vegetal (BPCV) através da solubilização e fixação de nutrientes, além da produção de hormônios de crescimento. O uso desses microrganismos traz benefícios ambientais, pois promove melhores condições para a pastagem, reduzindo a degradação e as emissões de GEE. Além disso, apresenta resultados satisfatórios quanto à produtividade de forragem, beneficiando economicamente o sistema e auxiliando na diminuição dos impactos gerados pela produção animal. Ponderando a constante busca por melhores condições de desenvolvimento e alternativas sustentáveis de produção, o uso de bactérias diazotróficas na pecuária tem se mostrado eficiente mesmo quando não se utiliza fertilizantes.
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