O uso da termografia infravermelha para verificação de corrosão de armaduras em postes de concreto armado

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28065

Palavras-chave:

Termografia infravermelha; Manifestação patológica; Corrosão; Termogramas.

Resumo

A termografia infravermelha pode mostrar, de forma não destrutiva, manifestações patológicas antes de tornarem-se visíveis e mais danosas, devido à existência de incoerências nos padrões de temperatura dos elementos da estrutura que apresentem as manifestações patológicas. A avaliação térmica com base na termografia é a percepção da temperatura superficial de um corpo pelo mecanismo de transferência de calor, pois todo corpo com temperatura acima do zero absoluto emite radiação térmica. Esse estudo objetiva analisar qualitativamente a utilização do ensaio térmico digital para detectar a ocorrência de corrosão em postes de concreto armado situados na orla da cidade de Olinda-PE. Os ensaios foram realizados em 10 postes no período das 14 às 15 horas, com verificação no face frontal (com ação direta dos respingos de névoa salina) e também na face oposta. O equipamento utilizado foi uma câmera termográfica, FLIR E-60.  O ambiente dos ensaios tem classe de agressividade ambiental IV (muito forte), com risco de deterioração elevada. Na análise dos ensaios é possível verificar que os produtos da corrosão conduzem mais calor, apresentando uma temperatura mais elevada que o concreto, portanto, a procura pela ocorrência de corrosão está ligada à detecção de temperaturas mais elevadas do que as verificadas como tendência no concreto. Os ensaios mostraram que uma temperatura elevada em trincas no concreto podem ser uma indicação da ocorrência de corrosão de armaduras, assim como, através da análise dos termogramas, foram identificados indícios de corrosão nas estruturas analisadas.

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Publicado

07/04/2022

Como Citar

MENEZES, L. A. A.; PÓVOAS, Y. V.; VIÉGAS, D. J. A. O uso da termografia infravermelha para verificação de corrosão de armaduras em postes de concreto armado. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 5, p. e27911528065, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i5.28065. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28065. Acesso em: 29 dez. 2024.

Edição

Seção

Engenharias