Avaliação da toxicidade dos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) no desenvolvimento da Hibiscus sabdariffa através da quantificação dos nitritos
Palavras-chave:
Contaminantes; Drogas; Método de Griess.Resumo
O descarte inadequado dos fármacos no meio ambiente pode provocar diversos malefícios aos vegetais, pois os medicamentos contaminam o solo e são absorvidos por verduras que também servem de alimento para seres humanos e animais. O objetivo deste estudo foi avaliar a toxicidade dos anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) no desenvolvimento da verdura Hibiscus sabdariffa através da quantificação de nitritos. Assim, 8 exemplares de Hibiscus sabdariffa foram plantados e regados com água por 3 meses. Após estarem desenvolvidas, 2 exemplares foram destacados para grupo controle, 2 foram regados com paracetamol (750mg), 2 com dipirona (500mg) e 2 com nimesulida (100mg) durante 10 dias, em dias alternados. Após a maturação das plantas foram feitas as análises macroscópicas e a quantificação do nitrito através da reação de Griess. Observou-se modificações morfológicas, estruturais e de desenvolvimento nos vegetais regados com a presença do paracetamol (750mg), e da dipirona (500mg). As concentrações dos nitritos, dos vegetais tratados com o paracetamol (750mg), apresentaram valores menores (24,2µm/L±4,3) em relação aos vasos regados somente com água (30,8 µm/L ±2,5), enquanto os vasos regados com dipirona (500mg) e nimesulida (100mg) mostraram valores maiores (31,4± 4 e 35,5 µm/L ±2,3) para nitrito em relação aos vasos regados com água, porém não foram estatisticamente significativos (p>0,05). Os resultados sugerem que os AINEs não interferiram nas quantificações dos nitritos em vinagreiras, entretanto, esta classe de medicamentos comprometeu o desenvolvimento morfológico das plantas.
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