Adesão a terapia antirretroviral de pacientes ambulatoriais que convivem com HIV em um hospital universitário
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28259Palavras-chave:
Adesão; terapia antirretroviral; Saúde pública; HIV.Resumo
Objetivo: Classificar a adesão dos pacientes ambulatoriais que convivem com vírus da imunodeficiência humana (HIV), bem como descrever os dados socioeconômicos e os fatores que interferem ou não na farmacoterapia. Metodologia: Estudo quantitativo, descritivo e de delineamento transversal realizado a partir da aplicação do instrumento adaptado de Delgado e Lima (2001) para classificação de adesão e para coleta de dados pessoais e investigação de fatores associados a adesão utilizou-se formulários adaptados de Reis (2014). A pesquisa foi constituída por pacientes ambulatoriais que fazem uso de antirretrovirais no serviço de atendimento especializado (SAE) do Hospital Universitário João de Barros Barreto (HUJBB) em Belém do Pará. Resultados/discussão: Os resultados mostraram que a regularidade nas consultas está intimamente ligada com a adesão, que por sua vez está diretamente relacionada a carga viral dos pacientes. Fatores sociais como escolaridade e renda também são aspectos importantes na opção pela adesão ao TARV. Conclusão: A maioria dos pacientes entrevistados são aderentes ao tratamento farmacológico. Por outro lado, pacientes jovens de baixa escolaridade, casados e residentes em área urbana com menor tempo de diagnóstico mostraram-se mais propensos a não aderir ao TARV, indicando uma necessidade de maior atenção pela equipe de saúde.
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