Bem-estar e manejo nutricional de fêmeas suínas gestantes: uma breve revisão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2829Palavras-chave:
Alimentação; Manejo; Prenhez.Resumo
A suinocultura tem recebido um incremento forte, com introdução de novas técnicas e com isso vem crescendo fortemente no Brasil e no mundo. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal, o Brasil ocupa o 4º lugar como maior produtor e exportador de carne suína. Esses dados mostram que no sistema de produção de suínos o proprietário tem uma extrema importância na área, a qual manejos corretos em todas as fases de criação trazem resultados positivos, assim como perdas na produção no que se diz respeito ao manejo incorreto. Os consumidores estão cada vez mais atentos ao bem-estar animal, estando este quesito entre as exigências principais. O ambiente deve ser limpo e seco e com um manejo correto das canaletas a fim de diminuírem os problemas sanitários. A densidade é de 2,5 m²/animal para fêmeas em baias coletivas e 1,8 m²/animal para leitoas. Recomenda-se atenção redobrada na questão de regular a quantidade de ração fornecida para as fêmeas no final da gestação e lactação. Quanto mais cedo for o diagnóstico de gestação melhor, uma vez que se retira as fêmeas vazias do grupo de parição. O estudo, através de revisão de literatura referente ao bem estar e os manejos para com a gestante suína, auxilia favorecendo procedimentos devidos e alertando acerca dos indevidos para cada situação, de forma a reduzir gastos, assim como, melhorar a questão de bem estar animal.
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