Causas de retirada do cateter central de inserção periférica dos neonatos em um Hospital Escola do Sul do Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28312Palavras-chave:
Recém-nascido; Unidade de Terapia Intensiva Neonatal; Ensino em saúde.Resumo
Analisar o uso e as causas das remoções precoce do cateter central de inserção periférica em recém-nascidos e para futuramente elaborar estratégias visando melhor utilização e manutenção destes cateteres proporcionando mais qualidade na assistência dos recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital universitário no Sul do Brasil. Estudo quantitativo retrospectivo transversal realizado através da revisão de formulários de acompanhamento do cateter central de inserção periférica, no período de junho de 2014 a dezembro de 2018. Utilizaram cateter central de inserção periférica 216 recém-nascidos, sendo que 84% eram prematuros. Os principais motivos de retirada foram ocasionados pelo término do tratamento (37%), seguidos de obstrução (22%), quebra (17%), flebite (11%), extrusão (9%) e óbito (4%), respectivamente. Em 63% dos recém-nascidos constatou-se que a retirada ocorreu precocemente, com 8 dias (Intervalo interquartil: 5; 12) após a inserção do cateter. Foram encontradas ainda dificuldades para a manutenção do cateter em 56% dos casos. Foi verificado que a saída precoce do cateter ocorreu com maior frequência quando eram utilizados 4 antibióticos ou mais 76,3% (p<0,001) e quando eram utilizadas outras drogas 66,3% (p = 0,038). Conclui-se através do presente estudo que o cateter central de inserção periférica é um recurso importante na terapia intravenosa prolongada no cuidado aos recém-nascidos e que a retirada precoce acontece com elevada frequência, com a identificação de alguns fatores que devem ser evitados. Esse tipo de cateter deve ser acompanhado por profissionais devidamente capacitados tanto para a sua inserção quanto para a sua manutenção.
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