Doença de Chagas no Território de Identidade de Irecê, Bahia, Brasil: uma análise documental entre os anos 2008-2018
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28366Palavras-chave:
Doença de Chagas; Infecção por Trypanosoma cruzi; Doença negligenciada.Resumo
Esse estudo teve como objetivo realizar uma pesquisa documental em bases de dados secundárias referentes à doença de Chagas (DC) no Território de Identidade de Irecê, Bahia, Brasil. Trata-se de uma pesquisa básica de caráter exploratório. Para coleta dos dados utilizou-se a base de dados online como Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) Tabnet, Boletins Epidemiológicos do Estado da Bahia e documentos da Vigilância Epidemiológica do Governo do Estado da Bahia. Os dados foram analisados e apresentados na forma de tabelas e gráficos. No território de estudo, foi identificado no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), 255 óbitos, sendo 67,45 % do sexo masculino e 32,55 % do sexo feminino, ambos com faixa etária prevalente de 50 a 59 anos. No Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), foi notificado um caso de doença de Chagas aguda no município de Lapão (BA), indivíduo do sexo masculino e com faixa etária de 20 a 39 anos. No Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIHSUS), foram notificados 11 casos de internações hospitalares no SUS por tripanossomíase, em apenas 4 dos 20 Municípios. Com base nas evidências cientificas abordadas no trabalho, à transmissão do T. cruzi no território, faz-se principalmente por intermédio do vetor. Esse trabalho evidencia que a DC segue como problema de saúde pública na Bahia, e que existe subnotificação sobre a doença nos sistemas de informação de saúde pública, inviabilizando possíveis tomadas de decisão do governo e dos profissionais de saúde.
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