Perfil epidemiológico de pacientes acometidos pela infecção do vírus Sars-CoV-2 com evolução para Síndrome Respiratória Aguda Grave
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28382Palavras-chave:
Sars-CoV-2, Síndrome Respiratória Aguda Grave, Perfil de Saúde, COVID-19, Epidemiologia.Resumo
Objetivo: O estudo objetivou-se em analisar o perfil epidemiológico dos indivíduos que residem na cidade do Rio de Janeiro e foram acometidos pela infecção do vírus Sars-CoV-2 com evolução para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, descritivo e com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados por meio de consulta pública no site do Estado do Rio de Janeiro, onde buscou-se as seguintes variáveis para análise: sexo, faixa etária, número de internação hospitalares, tipo de suporte ventilatório utilizado, se houve internação em unidade de terapia intensiva, se houve evolução para óbito. Resultados: Dos residentes da cidade do Rio de Janeiro, detectou-se que 74,9% evoluíram para SRAG em decorrência da infecção por COVID-19, a faixa etária mais atingida, 22,35%, foram os indivíduos entre 60 a 69 anos, 93% necessitaram de internação hospitalar, 48,9% precisaram de suporte ventilatório não invasivo e 40,9% evoluíram para óbito. Conclusão: O estudo foi capaz de traçar um perfil e evidenciou que a hipótese levantada pelos estudiosos é que a cepa de Sars-CoV-2 possui uma relevância perante as cepas anteriores com relação ao aumento dos casos de SRAG no ano de 2020. Apesar do colapso de muitos sistemas pelo mundo, observou-se que a falta de conhecimento para preparo de protocolos clínicos que realmente pudessem orientar os profissionais de saúde e ainda a falta de compromisso dos governantes vigentes, principalmente em âmbito federal, ocasionou a instauração do caos e ainda a colaboração pela não contenção da disseminação do vírus.
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