Filme Interestelar e Sala de Aula Invertida: uma proposta para ensinar relatividade geral e buracos negros no Ensino Médio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i5.28437Palavras-chave:
Ensino de Física; Teoria da Relatividade; Buracos Negros; Sala de Aula Invertida; Filme interestelar.Resumo
Considerando a presença do tema na mídia a partir da divulgação de imagens de buracos negros e da medição de ondas gravitacionais, tornou-se relevante abordar os conceitos da Física Contemporânea, ainda no Ensino Médio. No entanto, tais conceitos não são intuitivos como a maior parte dos conteúdos da Física Clássica e geralmente surgem nos capítulos finais dos livros didáticos do terceiro ano do Ensino Médio e, por vezes, é pouco explorado. Propõe-se neste artigo um plano de aula elaborado sob a perspectiva metodológica da Sala de Aula Invertida proposta por Bergmann e Sams (2018) e a utilização do filme Interestelar como ferramenta de ensino para abordar tópicos relacionados à Teoria da Relatividade Restrita e Geral e a temática em torno dos Buracos Negros. O plano de aula foi pensado para aplicação em uma turma do terceiro ano do Ensino Médio e estruturado em três momentos: (i) antes da aula: assistir ao filme Interestelar, vídeos do Youtube selecionados pelo professor e leitura de capítulo do livro didático relacionado ao tema da aula, (ii) debate em sala de aula com a mediação do professor; e, (iii) realização de tarefas e avaliação. Trata-se de uma proposta flexível e adaptável a qualquer conteúdo que leva em conta o interesse dos estudantes, temas atuais no campo da Física e sua abordagem em diferentes contextos e aplicações científicas de fenômenos físicos nos filmes de ficção científica, como se verifica no filme Interestelar.
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