Metabólitos produzidos por microalgas do nordeste brasileiro com potenciais usos na indústria alimentícia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28724Palavras-chave:
Experimental cultivation; Biomass; Chemical composition.Resumo
O potencial de produção de metabólitos de interesse para à indústria alimentícia foi avaliado em 17 espécies de microalgas isoladas de fontes naturais no nordeste do Brasil. As espécies foram cultivadas até a fase estacionária sob condições controladas, quando os experimentos foram interrompidos e a biomassa seca colhida. Observamos diferenças em seus parâmetros de crescimento, produtividade e composição bioquímica de suas biomassas, com altos níveis de produtividade protéica em Monoraphidium litorale D296WC (48,96%), Kirchneriella concorta D498WC (42,49%), Monoraphidium griffithi D499WC (48,37%), Chlamydomonas sp. D530WC (44,80%) e Cosmarium sp cf. depressão D578WC (49,32). As maiores produtividades de carboidratos foram observadas em Xanthonema sp. D464WC (34,15%), K. concorta D498WC (38,95%) e Scenedesmus acuminatus D514WC (36,54%). As três diferentes técnicas de extração de lipídios de microalgas deram resultados ligeiramente diferentes, sendo o método que utiliza a fosfovanilina considerado o mais rápido e requer apenas pequenas quantidades de biomassa. Os ácidos graxos insaturados (oleico, linoleico e linolênico) foram encontrados em níveis elevados na maioria das espécies, especialmente o ácido α-linolênico (ω3), que atingiu concentrações acima de 30% em Golenkinia radiata (D325WC). Devido à sua alta produtividade, rápido crescimento e grande número de importantes metabólitos alimentares que produzem, as espécies Monoraphidium litorale D296WC, Xanthonema sp. D464WC e Monoraphidium griffithi D499WC apresentam potencial significativo para utilização pela indústria alimentícia como fontes de proteínas, lipídios e carboidratos.
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