Perfil epidemiológico de pacientes com doença de Parkinson em Belém do Pará
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28851Palavras-chave:
Usos da Epidemiologia; Doença de Parkinson; Idoso; Polimedicação; Ensino.Resumo
Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico de pacientes com Doença de Parkinson atendidos na Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional do Centro Especializado em Reabilitação II do Estado do Pará. Métodos: É um estudo transversal e retrospectivo, com pacientes diagnosticados com DP por demanda espontânea, o estadiamento da doença foi mensurado através da escala de Hoehn e Yahr versão modificada além de uma ficha de avaliação para coletar os dados referentes ao perfil epidemiológico relacionado ao estado geral de saúde dos pacientes. Resultados: Participaram do estudo 25 pacientes de ambos os sexos, com idade entre 45 e 80 anos, sendo maioria homens (60%), com Hoehn & Yahr classificados principalmente com incapacidades leve a moderada (84%) e incapacidade grave (12%). As principais comorbidades foram Hipertensão Arterial Sistêmica (44%), Transtorno de Ansiedade (16%) e dislipidemia (12%). Quanto aos primeiros sintomas, 40% deles desenvolveram algum sintoma na faixa etária entre 45-50 anos. Quanto às drogas, a maioria utilizou Levodopa (72%) e Prolopa (48%). Conclusões: Os pacientes avaliados são, em sua maioria, idosos acima de 60 anos, que apresentaram sintomas a partir dos 45 anos, utilizam diversos medicamentos, que colaboram cada vez mais com surgimento de alterações físicas e emocionais, e que pela idade aumentam as possibilidades de surgimento de outras comorbidades atreladas à doença e/ou ao envelhecimento. Estudos que visem buscar informações epidemiológicas colaboram tanto para o conhecimento de como a doença se manifesta, como para estudar e prevenir os fatores associados e demais comorbidades.
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