Divergência Genética em Oenocarpus distichus Mart. de Diferentes Procedências do Estado do Pará por Caracteres Morfoagronômicos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28872

Palavras-chave:

Analise multivariada; Diferença genética; Distância euclidiana; Bacaba-de- leque; Amazônia.

Resumo

Oenocarpus distichus é uma palmeira que produz refresco denominado “bacaba”, muito apreciado pelas comunidades tradicionais do estado do Pará. Possui multiuso, sendo utilizada em projetos paisagísticos, na produção de fitoterápicos, entre outros. No entanto, faltam informações agronômicas sobre a espécie, assim como sobre as estratégias de manejo. O presente estudo teve por objetivo quantificar a divergência genética em procedências de O. distichus de diferentes procedências do Pará, com base em caracteres morfoagronômicos. Foram mensurados quinze caracteres, sendo três relativos à planta, quatro de cacho e oito de fruto em 62 indivíduos, de quatro locais: 12 de Marabá, 30 de Belém, 12 de São João do Araguaia e oito de Baião. Os dados foram submetidos às análises uni e multivariada, a última pelo uso da distância Euclidiana, com a formação dos grupos, por meio do método de ligação completa, importância e descarte dos caracteres, com base nos componentes principais. A maior divergência foi encontrada entre dois indivíduos de Belém, BEL-11 e BEL-8 (dii’= 13,69). Houve a formação de sete grupos distintos. Os caracteres peso de cem frutos (g) e o número de ráquilas por cacho se mostraram como os de maior contribuição para a divergência entre procedências. Os três primeiros componentes principais concentraram 66,16% da variância acumulada. Os caracteres dos frutos foram responsáveis pela variação dos indivíduos. Dos caracteres avaliados foi sugerido o descarte de dois: circunferência a altura do peito (CAP) e comprimento da raque do cacho (CRC). Os indivíduos de O. distichus das procedências apresentam considerável variação fenotípica para os caracteres morfoagronômicos dos frutos, sendo os de Marabá os mais divergentes entre as procedências avaliadas.

Biografia do Autor

Maria do Socorro Padilha de Oliveira, Embrapa Amazônia Oriental

Possui graduação em Engenharia Agronômica pela Universidade Federal Rural da Amazônia (1983); graduação em Engenharia Florestal pela, também, Universidade Federal Rural da Amazônia (1987); mestrado em Botânica pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (1995) e doutorado em Agronomia (Genética e Melhoramento de Plantas) pela Universidade Federal de Lavras (2005). É pesquisador concursado da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Unidade Embrapa Amazônia Oriental; desde 1987, sendo atualmente pesquisador A. Professor permanente do Curso de Pós-Graduação em Biotecnologia Aplicada à Agropecuária da Universidade Federal Rural da Amazônia - UFRA, desde agosto de 2012. Tem experiência em Recursos Genéticos e Melhoramento Genético de palmeiras nativas da Amazônia, atuando principalmente, com as espécies: Euterpe oleracea, Bactris gasipaes, Astrocaryum vulgare, Jessenia bataua e espécies do gênero Oenocarpus.

Lucieta Guerreiro Martorano, Embrapa Amazônia Oriental

Graduação em Meteorologia (UFPA/1982) e Agronomia (UFRA-antiga FCAP/1987). Mestrado em Agrometeorologia (ESALQ/USP/1998) e doutorado em Fitotecnia/Agrometeorologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS/2007). Foi pesquisadora da Embrapa Solos/RJ entre fevereiro de 1990 a dezembro de 2008, atuando em dois mandatos como Membro do Comitê Técnico Interno (CTI), bem como em projetos de pesquisa em âmbito nacional e internacional. Colaborou na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) de 2007 a 2008, ministrando aulas e participando em coorientações no mestrado em Geomática. Participou do Comitê de Organização do Congresso Brasileiro de Ciência do Solo em 2008. Em 2009 foi transferida para Belém para trabalhar como pesquisadora na Embrapa Amazônia Oriental, onde permaneceu até junho de 2016. A partir de julho de 2016 passou a compor a equipe de pesquisadores do NAPT Médio Amazonas da EMBRAPA, em Santarém, na Pará. Em outubro de 2021 foi designada por portaria para assumir a função de supervisora do NAPT-MA. Entre os compromissos assumidos na Amazônia vale destacar a liderança de projetos, planos de ação e atividades (ROBIN/BR, PECUS/PC7; MAPCAST, AgroMet ABC, Projeto IrrigaPote, entre outros), tanto em nível nacional quanto internacional. Foi professora permanente no Curso de Mestrado em Ciências Ambientais da Universidade do Estado do Pará PPGCA-UEPA. Atualmente, integra o quadro de professora permanente do Curso de Doutorado da Rede BIONORTE e PPGSND da UFOPA. Tem colaborado como co-orientadora em programas de pós-graduação na ESALQ/USP, UFAM/Manaus e UNESP/Jaboticabal. Colabora como revisora em periódicos indexados em nível nacional e internacional. É consultora "ad hoc" em projetos de pesquisa e em bancas de concursos públicos. Tem participado em bancas de mestrado, doutorado, trabalhos de conclusão de curso e salão de iniciação científica, bem como na condição de palestrante em diferentes eventos científicos. Em edital da CAPES/CNPq e Ciências sem Fronteira aprovou bolsas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, onde desenvolveu projetos em parceria em diferentes áreas do conhecimento científico. Orienta alunos de iniciação científica tanto de bolsistas PIBIC/CNPq/Embrapa quanto de alunos que estagiam na Embrapa para cumprir os créditos de estagiário obrigatório (UFOPA. UNAMA e ULBRA). É bolsista de produtividade do CNPq. https://orcid.org/0000-0003-3893-3781 (http://lattes.cnpq.br/9712490260615310)

Jose Airton Rodrigues Nunes, Universidade Federal de Lavras

Possui graduação em Agronomia pela Universidade Federal do Ceará (2000) e mestrado em Estatística e Experimentação Agropecuária pela Universidade Federal de Lavras (2003) e doutorado em Genética e Melhoramento de Plantas pela Universidade Federal de Lavras (2006). Atualmente é professor Associado do Departamento de Biologia da Universidade Federal de Lavras na área de Genética e Melhoramento de Plantas e docente do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento de Plantas. Tem atuado nas linhas de pesquisa de genética biométrica, planejamento e análise de experimentos, melhoramento genético de forrageiras e de plantas com potencial bioenergético e melhoramento de trigo.

Taiane Silva Sousa, Universidade Federal Rural da Amazônia

Engenheira Florestal formada pela universidade federal rural da amzônia-UFRA
Mestre em Biotecnologia aplicada à agropecuaria (UFRA).
Bolsista CNPq-DTI-C. em experiência na área de recursos genéticos onde trabalhou com as espécies Oenocarpus distichus Mart. e Oenocarpus bacaba Mart. Dedicou dois anos de pesquisa na área de biotecnologia metabólica atuando com variedades da espécie Euterpe oleracea Mart. 

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Publicado

24/04/2022

Como Citar

MACIEL, A. R. N. A. .; OLIVEIRA, M. do S. P. de; MARTORANO, L. G. . .; NUNES, J. A. R. .; SOUSA, T. S. Divergência Genética em Oenocarpus distichus Mart. de Diferentes Procedências do Estado do Pará por Caracteres Morfoagronômicos. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e17811628872, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28872. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28872. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas