As distribuições por sexo, mão e dedo do tipo fundamental nas impressões digitais de brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.28916

Palavras-chave:

Tipo fundamental; Impressão digital; Diferença de sexo; Identificação humana; Teste qui-quadrado de Person.

Resumo

A partir da classificação primária, também conhecida como tipo fundamental, das 2.000 (duas mil) impressões digitais de 200 (duzentas) individuais datiloscópicas (100 provenientes de homens e 100, de mulheres), analisou-se a existência de diferenças estatisticamente significativas, por meio do teste qui-quadrado de Pearson, entre as distribuições dos quatro tipo fundamentais mais comuns de Juan Vucetich (presilha interna, presilha externa, verticilo e arco) e o sexo, a mão e os dedos. Não se tem conhecimento de que estudos similares tenham sido empreendidos para a população brasileira. Descobriu-se que a ocorrência do tipo fundamental independe do sexo, mas pode depender da mão e do dedo. A dependência com relação à mão é mais intensa para os tipos presilha interna e presilha externa do que para os tipos arco e verticilo. O tipo arco, quando ocorre, é mais incidente nos dedos indicador e médio, mas pode aparecer em quaisquer dedos de quaisquer mãos; o tipo verticilo, é mais frequente nos dedos anulares, polegares e indicadores, mas também pode ocorrer em qualquer dedo de qualquer mão. O tipo presilha interna é mais comum nos dedos da mão esquerda, sendo rara a ocorrência na mão direita, com exceção do indicador direito; e de forma simétrica, o tipo presilha externa é mais comum nos dedos da mão direita, raramente aparecendo na mão esquerda, com exceção do indicador esquerdo.

Referências

Araújo, M. C., & Pasquali, L. (2012). Datiloscopia: a determinação dos dedos. Brasília: L. Pasquali (2ª Edição).

Ashbaugh, D. R. (1999). Quantitative-Qualitative Friction Ridge Analysis: An Introduction to Basic and Advanced Ridgeology. New York: CRC Press LLC.

Barros, R. M. (2019). Investigação da Composição Química de Impressões Digitais Latentes. Em Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana (pp. 137-163). Goiânia: Espaço Acadêmico.

Brasil. (1903). Decreto nº 4.764, Dá novo regulamento á Secretaria da Policia do Districto Federal. Brasília: Diário Oficial da União - Seção 1 - 12/3/1903, p. 1313.

Carvalho, D. d., Alecrim, M. M., Lobo, B. M., Fernandez, R. S., Evangelista, A. S., Miranda, C. F., . . . Sousa Júnior, R. T. (Março de 2022). Determinação do sexo a partir da densidade de linhas distal e proximal das. Research, Society and Development, 11(5).

Carvalho, D. d., Alecrim, M. M., Sousa Júnior, R. T., & Ribeiro Júnior, L. A. (January de 2022). Outcome of sex determination from ulnar and radial ridge densities of Brazilians’ fingerprints: applying an existing method to a new population. Science & Justice, 62(2), 181-192.

Carvalho, D. d., Ribeiro Júnior, L., Sousa Júnior, R. T., & Alecrim, M. V. (mai-ago de 2020). Determinação do Sexo a partir da contagem de linhas brancas nas impressões digitais de brasileiros. Revista Brasileira de Ciências Policiais, 11(2), 49-78.

Fapesp. (2014). Código de boas práticas científicas. Fonte: Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo: https://fapesp.br/boaspraticas/2014/FAPESP-Codigo_de_Boas_Praticas_Cientificas.pdf

Fernandes, R. S., & Rabelo, T. D. (2018). Papiloscopia do ontem ao hoje um Resumo. Impressões(12), 24-28.

Freitas, A. F., Lobo, B. M., Girelli, C. A., & Gomes, G. S. (2019). Papiloscopia Forense: Caderno didático ANP. Brasília: Academia Nacional de Polícia.

González, M., Gorziza, R. P., Mariotti, K. d., & Limberger, R. P. (July de 2020). Methodologies Applied to Fingerprint Analysis. Journal of Forensic Sciences, 65(4), 1040-1048.

Hawthorne, M. R. (2009). FINGERPRINTS - Analysis and understanding. New York: CRC Press Taylor & Francis Group.

Kumar, P., Gupta, R., Singh, R., & Jasuja, O. (Março de 2015). Effects of latent fingerprint development reagents on subsequent forensic DNA typing: A review. Journal of Forensic and Legal Medicine, 32.

Mizokami, L. L. (2014). Estudo morfológico comparativo das superfícies epidérmica e dérmica: perspectivas na identificação necropapiloscópica. Brasília: Universidade de Brasília - UnB.

Parija, S. C., & Kate, V. (2017). Writing and publishing a scientific research paper. 1Ed., Springer Nature Singapore Pte Ltd. doi: 10.1007/978-981-10-4720-6.

Rivaldería, N., & Gutiérrez-Redomero, E. (Maio de 2021). Interpopulational differences in the frequency and distribution of delta types. Forensic Science International, 322.

Souza, M. A. (2019). Impressões digitais podem revelar outras informações além da identidade de quem as produziu. Em Peritos em Papiloscopia e Identificação Humana (pp. 45-54). Goiânia: Espaço Acadêmico.

Souza, M. A., Oliveira, K. V., Oliveira, F. C., & Silva, L. P. (2018). The adsorption of methamphetamine on Ag nanoparticles dispersed in agarose gel – Detection of methamphetamine in fingerprints by SERS. Vibrational Spectroscopy, 98, 152-157.

Souza, M. A., Santos, A. S., Silva, S. W., Braga, J. W., & Sousa, M. H. (Janeiro de 2022). Raman spectroscopy of fingerprints and chemometric analysis for forensic sex determination in humans. Forensic Chemistry, 27.

Vucetich, J. (1904). Dactiloscopia Comparada El nuevo sistema argentino. (E. T. Peuser, Ed.) La Plata.

Watson, C. I., Garris, M. D., & Tabassi, E. (2007). User´s guide to NIST biometric image software (NBIS). Mayland.

Downloads

Publicado

26/04/2022

Como Citar

CARVALHO, D. da S. . As distribuições por sexo, mão e dedo do tipo fundamental nas impressões digitais de brasileiros . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e23411628916, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.28916. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28916. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Exatas e da Terra