Fatores de risco associados a persistência da sífilis gestacional: uma revisão integrativa
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29203Palavras-chave:
Treponema pallidum; Infecção Sexualmente Transmissível; Pré-natal; Ensino.Resumo
Objetivo: evidenciar os achados na literatura referentes aos fatores riscos associados à persistência da sífilis gestacional. Metodologia: trata-se de uma revisão integrativa, alicerçada pela seguinte questão norteadora: quais os fatores de risco associados a sífilis gestacional e como estes se interrelacionam para a sua persistência? Para isso, foram consultadas as bases de dados PubMed, MedLine e Scielo. Resultados: os principais fatores de riscos encontrados para a persistência da sífilis gestacional foram: escolaridade, condição socioeconômica, pré-natal inadequado, reduzido número de consultas, faixa etária jovem, pele parda, não uso de métodos contraceptivos, inadequação do tratamento no geral e do parceiro sexual. Considerações Finais: percebe-se a importância e necessidade de políticas públicas direcionadas ao público mais afetado, para reduzir o número de casos de sífilis gestacional. Logo, a Unidade Básica de Saúde, como porta de entrada da população materna deve, por meio dos Agentes de Saúde, intensificar a busca pelas gestantes e seus parceiros sexuais, a fim de proporcionar um tratamento de qualidade aos mesmos.
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