Educação como direito: a construção do lugar da pessoa surda na educação brasileira
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29282Palavras-chave:
Educação; Ensino; Cultura Surda; Linguagem Brasileira de Sinais; LIBRAS.Resumo
A inserção do surdo no sistema educacional brasileiro se deu através de um processo lento, gradual e cheio de contratempos, de tal modo que mesmo existindo desde sempre, o reconhecimento dos surdos e seus direitos, assim como das pessoas com deficiência de modo geral, é uma conquista recente. Desse modo, neste ensaio objetiva-se realizar o percurso do processo de construção do espaço dos surdos na educação brasileira, a partir de um apanhado histórico internacional e nacional, situando a contribuição de importantes nomes responsáveis pela criação de instituições e dos direitos legais da comunidade surda no país. Para tanto, a metodologia adotada foi de revisão bibliográfica, além da análise conter uma natureza da investigação, se apresenta como pesquisa exploratória. Com isso, pudemos concluir que apesar dos históricos retrocessos e progressos nas conquistas dos direitos até a legislação vigente e as instituições existentes, garantem direitos à educação para comunidade surda. No entanto, os desafios não param por aí, visto que a complexidade das relações sociais, também está inserida nas múltiplas variedades de deficiências que em alguns momentos se relacionam com a pessoa surda.
Referências
Almeida, W. G. (2009). Introdução à língua brasileira de sinais – Ilhéus, BA: UAB/UESC, 2AVELAR, Thaís Fleury. A Questão da padronização linguística de sinais nos atores-tradutores surdos do Curso de Letras-Libras da UFSC. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Comunicação e Expressão, Programa de Pós-graduação em Estudos da Tradução. Florianópolis
Bagno, M. (2013). Sete erros aos quatro ventos: a variação linguística no ensino de português. Parábola Editorial.
Bouvet, D. (1990). The pach to language: Bilingual education for children. Filadélfia: Multilingual Matters,
Brasil. (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Presidente da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
Brasil. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm.
Brasil. (2002). Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Brasília: Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm.
Brasil. (2005). Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Brasília: Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Decreto/D5626.htm.
Brasil. (2011). Decreto nº 7.612, de 17 de novembro de 2011. Brasília: Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2011/decreto/d7612.htm.
Brasil. (2015). Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015. Brasília: Presidência da República. https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm.
Brasil. (2021). Lei nº 14.191, de 03 de agosto de 2021. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: Presidência da República. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2021/Lei/L14191.htm
Brito, L. F. & Ferreira, L. (1993). Integração social e educação de surdos. Rio de Janeiro: Babel Editora.
Brito, L. F. (1998). Língua Brasileira de Sinais - Libras. In: _____ et al. (Org.). Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental/vol.III: Língua Brasileira de Sinais. Brasília: MEC/SEESP.
Carvalho, P.; V. (2007). Breve história dos surdos no mundo e em Portugal. Lisboa: Surd’Universo.
Ciccone, M. (1990). Comunicação total: introdução, estratégia, a pessoa surda. Rio de Janeiro: Cultura Médica.
Costa, J. P. B. (2010). A educação de surdos ontem e hoje: posição, sujeito e identidade. Campinas: Mercado das Letras.
Fernandes, S. (2011). Educação de surdos. 2 ed. Curitiba: Ibepex.
Gesser, A. (2009). LIBRAS? Que língua é essa? crenças e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. São Paulo: Parábola Editorial.
Ghirardi, M. I. G. (1999). Representações da deficiência e práticas de reabilitação: uma análise do discurso técnico. São Paulo: [s.n.].
Goldfeld, M. (1997). A criança surda: linguagem e cognição numa perspectiva sócio-interacionista. São Paulo: Plexus.
Goldfeld, M. (2003). Surdez. In: Goldfeld, M. Fundamentos em fonoaudiologia: linguagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.
Guimaraes Junior, J. C. ., Silva, E. F. ., Marques, J. A. ., Paula , W. S. de ., Ribeiro , V. F. ., Francioni, W. V. ., & Braga, F. C. . (2022). Bilingual education for the deaf in Brazil in the context of basic education: a bibliometric study based on stricto sensu research (2017 – 2021). Research, Society and Development, 11(3), e30111326720. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i3.26720.
Harrison, K. M. P. (2011) Língua brasileira de sinais (Libras): apresentando a língua e suas características. In: Harrison, K. M. P. ; Lacerda, C. B. F. ; Lodi, Ana Claudia B. ; Goes, A. M. ; Kotaki, C. S. ; Caetano, J. F. ; Santos, L. F. ; Campos, M. L. I. L. & Moura, M. C. . Língua brasileira de sinais – Libras: uma introdução. São Carlos: UFSCar.
Kraemer, G. M.; Lopes, L. B.; & Zilio, V. M. (2020). Formação docente e educação de surdos no Brasil: desafios para uma proposta educacional bilíngue. Revista educação especial. Santa Maria, RS. Vol. 33, 17 f. DOI: https://doi.org/10.5902/1984686X40063.
Lacerda, C. (1998). Um pouco da história das diferentes abordagens na educação dos surdos. Caderno CEDES, vol. 19, n 46, Campinas Sept.
Lakatos, E. M.; & Marconi, M. A. (1992). Procedimentos básicos, pesquisas bibliográficas.
Mendes, L. (2017). Só ser surdo basta? A educação de surdos no brasil através dos aspectos legais. Revista Pesquisa e Debate em Educação, v. 6, n. 2.
Moda, S. C. (2017). O ensino da ciência e a experiência visual do surdo: o uso da linguagem imagética no processo de aprendizagem de conceitos científicos. Dissertação de Mestrado, Universidade do Estado do Amazonas, Amazonas, AM, Brasil. http://repositorioinstitucional.uea.edu.br/handle/riuea/2477.
Padden, C. & Humpries, T. (1996). Deaf in America: voices from a culture. Cambridge: Harvard University.
Pedrosa, C. (2019). Entre a inclusão e a exclusão: caminhos da educação de surdos no brasil. Muiraquitã: Revista De Letras E Humanidades, v. 7, n. 2.
Perello, J. & Tortosa, F. (1978). Sordomudez. Barcelona: Científico-Médica.
Prodanov, C. C. & Freitas, E. C. de. (2013). Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale,
Quadros, R. M &; Perlin, G. T. T. (Org.). (2007). Estudos Surdos II. Petrópolis: Arara Azul.
Rabelo, A. S. (2001). A construção da escrita pelo surdo. Goiânia: Editora da UCG.
Silva, E. G. N. da ., & Cardoso, C. de N. A. . (2021). The importance of using assistive technology in the education of the deaf. Research, Society and Development, 10(3), e28410313153. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i3.13153.
Silva, I. R. & Favorito, W. (2018). Reflexões sobre o Estatuto das Línguas nos Contextos Bi-multilíngues de Educação para Surdos no Brasil. Línguas & Letras, v. 19, n. 44, p. 10-5935/1981-4755.20180030.
Soares, M. A. L. (1999). A educação dos surdos no Brasil. Campinas: Autores Associados; Bragança Paulista: Edusf..
Souza, E. M. de; Valentini, C. B., & Pescador, C. M. (2022). Bilingual education of the Deaf: a view at reading and writing from an RSL . Research, Society and Development, 11(6), e29611629237. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29237.
Souza, M. M. P. & Lustosa, F. G. (2019). Por uma Pedagogia visual: caminhos e concepções que marca(ra)m a educação de surdos no Brasil. Afluente: Revista de Letras e Linguística, v. 4, n. 11, p. 27-46, maio/ago.
Stokoe, W. (1978). Sign language struture. Edição revisada. Silver Spring: Listok Press.
Ströbel, K. L. (2007). História dos Surdos: Representações “Mascaradas” das Surdos II. Petrópolis: Arara Azul, p.18 – 38.
Ströbel, K. L. (2008). Surdos: vestígios não registrados na história. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Caroline Cardoso; Kleberson Almeida de Albuquerque; Maria de Lourdes Maia; Leonardo Figueiredo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.