Aristóteles e o Iluminismo na História das Ciências: relação possível?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29299Palavras-chave:
Aristóteles; Iluminismo; História das ciências; Kant; Ensino.Resumo
A metafisica aristotélica, em suas proposições para o estudo do ser, almeja amplo espectro de áreas do conhecimento que não são fechadas em si mesmas. Ela constrói uma hermenêutica do conhecimento e ajuda a entender o movimento iluminista, além de evidenciar as Ciências mais do que proposições empíricas, mas também enquanto forma e método para estruturação filosófica. O que conhecemos é profundamente marcado pela maneira pela qual conseguimos conhecer algo, existindo duas principais fontes de conhecimento no sujeito: a sensibilidade, por meio da qual os objetos são dados na intuição, e o entendimento, pelo qual os objetos são pensados nos conceitos. O que define os objetos é a sensibilidade, como o modo receptivo/passivo pelo qual somos afetados pelos objetos, e intuição é a maneira direta de nos referirmos aos objetos. O estudo do Ser enquanto Ser, denominado de Filosofia Primeira, posteriormente, na época moderna, denominado como razão pura, traz consigo uma proposta de ciência, e sobre isso fares a relação com a proposta kantiana. Este estudo consiste na análise das formas separadas dos aspectos materiais. Em Aristóteles, a metafísica já pode ser considerada como um saber que mantém proximidade com a ideia de mereologia, ou seja, a relação do todo com as partes. Veremos as categorias kantianas acima, pensadas à luz das categorias aristotélicas, irão fornecer à filosofia crítica de Kant condições básicas de impor à razão os limites da experiência possível. Ele pretende, com isso, fornecer rigor metodológico à metafísica, livrando-a de qualquer caráter dogmático e trazendo-a para o rumo da ciência, no qual não poderiam ocorrer questionamentos. No presente artigo objetivamos, por meio das preposições kantianas, estabelecer a metafisica aristotélica como base filosófica do iluminismo.
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