Incidência da doença do novo coronavírus no Brasil nos períodos pré e pós-eleitorais e a influência governamental na progressão dos casos
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29323Palavras-chave:
Coronavírus; Democracia; Brasil.Resumo
A pesquisa teve como objetivo realizar um levantamento epidemiológico comparando os casos de COVID-19 em momentos antes e após o período eleitoral no Brasil, apontando as influências da administração pública federal no aumento da incidência e consequente mortalidade. Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo com abordagem crítica, baseado em dados secundários do Sistema de Informação e Agravos de Notificação (SINAN) encontrados no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), cujos dados são de março a dezembro de 2020, e janeiro a março de 2021 foram selecionados. Analisamos 12.748.747 casos confirmados de COVID-19 agrupados em incidência por mês no período avaliado e os comparamos pelo método não paramétrico de Kruskal-Wallis, onde um valor de P <0,05 foi considerado estatisticamente significativo. Os dados deste estudo demonstram o aumento significativo de casos de COVID-19 no Brasil, onde em novembro (o mês posterior às eleições), há um aumento nas notificações em relação ao mês de outubro, o aumento passa a ser estatisticamente significativo a partir do mês de dezembro em diante, que é o cenário drástico no ano seguinte. Em síntese, com base nos dados expressos, pode-se concluir que o período eleitoral brasileiro teve grande influência no agravamento da pandemia no país.
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