O governo de Getúlio Vargas e a política de expansão de fronteiras no Brasil Central (1930-1945)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29385Palavras-chave:
Marcha para o oeste; CANG; CAND; Revista cultura Política; Estado novo.Resumo
Trata-se de um artigo sobre o processo de ocupação do Brasil Central durante o governo de Getúlio Vargas, entre 1930-1945, através da marcha para o Oeste, considerando esta como uma política nacional de expansão das fronteiras demográfica e econômica. O objetivo principal é descrever como o Estado participou como agente de expansão das fronteiras nacionais durante 1930-1945, com enfoque na criação de mitos e propagandas que fomentaram a migração da população para as regiões destinadas como oeste. Para a confecção do trabalho é utilizada a revisão bibliográfica, e também a pesquisa documental; foram analisados artigos, dissertações, teses, discursos presidenciais, decretos, revistas e jornais da época, a fim de identificar como o Estado brasileiro atuou para a promoção das fronteiras nacionais através da narrativa e políticas públicas advindas do governo federal. Os resultados encontrados mostram que apesar do Estado não ser o único agente responsável pela expansão das fronteiras nacionais, é um dos agentes envolvidos nesse processo de transformação do território, tendo em vista que a categoria de fronteira é usada para descrever estudos relativos à interação antrópica com o meio natural, abordando os conflitos e construções de mitos que favoreçam esse avanço sobre o espaço. A conclusão é que as fontes demonstram que a propaganda durante o Estado Novo foi um importante instrumento de fomento da marcha para o Oeste, e as consequências desse projeto político podem ser percebidas na construção das Colônias Agrícolas Nacionais, construção de Goiânia, e aspectos relativos ao desflorestamento, migração e dinâmica socioespacial com a implementação de infraestrutura e aumento da produtividade das regiões.
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