Uma cartilha orientadora para projetos de intervenção de design em comunidades produtivas artesanais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29396Palavras-chave:
Cartilha; Diretrizes; Intervenção; Design; Ensino.Resumo
A desvalorização social e cultural do artesanato demanda sua adaptação a um novo cenário de mercado. Seu trabalho em conjunto com o design vem sendo a estratégia empregada por meio de programas de intervenção de design. Contudo, esse processo não tem gerado resultados duradouros. Assim sendo, essa pesquisa buscou construir diretrizes orientadoras para a construção de novos programas estruturados numa cartilha. Para tanto, desenvolveu uma pesquisa analítico-qualitativa com conversa com 100 artesãos de 16 comunidades sobre os programas de intervenção nos quais eles participaram. Como resultado foram apresentados os pontos negativos e positivos dos programas segundo os artesãos. Essa problemática envolve (1) o projeto em si; (2) sua execução; (3) conteúdo trabalhado e (4) participantes. A participação ativa dos artesãos desde a elaboração do projeto à execução das oficinas como oficineiros se destacam como fundamentais. Foram enfatizados também como importantes conteúdos e distribuição de carga horária das oficinas contextualizados com a comunidade. Além desses resultados diretos, também puderam ser concluídas algumas características da comunidade que facilitam e dificultam a execução e manutenção das ações dos projetos de intervenção como a presença de uma liderança ativa (natural ou construída) e a compreensão da necessidade e o interesse em mudanças. Como entrave destacam-se o imediatismo financeiro e a baixa autoestima dos artesãos. Diante dessas informações, algumas diretrizes orientadoras podem ser identificadas.
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