Diagnóstico situacional das práticas de segurança em um hospital: um estudo descritivo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29404Palavras-chave:
Segurança do paciente; Indicadores de qualidade em assistência à saúde; Eventos adversos; Ensino em saúde.Resumo
Este estudo objetiva descrever as práticas de segurança em um hospital após a implantação da Comissão do Núcleo de Segurança do Paciente. Estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo e documental, realizado a partir de dados do acervo dessa comissão, referentes aos anos de 2020 e 2021, tendo sido avaliados oito setores de internação do hospital. Os resultados mostraram que, em relação à identificação do paciente, não havia um protocolo seguro nem uso de pulseiras brancas para identificação dos pacientes, já a localização de leitos com nome completo apresentou adesão de 100% em 2021. Para a prevenção de risco de quedas, o hospital não dispunha de protocolo, mas constatou-se melhora na adesão ao aprazamento de medicações que causam sonolência no período noturno e na manutenção de ambiente seguro. Na prevenção de lesão por pressão, registrou-se ausência de protocolo de segurança instituído; por outro lado, melhoria nas práticas de avaliação de risco desse tipo de lesão na admissão, e disponibilidade de colchões pneumáticos. Quanto à segurança no processo de medicamentos, a pesquisa apontou a inexistência de protocolo estabelecido, porém houve redução de prescrições carbonadas, com adesão de 100% em 2021; uso de impresso para registro de controle de temperatura de geladeira; e controle de medicamentos utilizados na parada cardiorrespiratória por validade e quantidade. Os dados indicaram avanços no processo de segurança do paciente após a implantação da referida comissão, porém apontaram a necessidade de efetivação da cultura organizacional de segurança do paciente para a evolução das metas.
Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2011). RDC n. 63, de 25 de novembro de 2011. Dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para os Serviços de Saúde. Diário Oficial da União.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2013). RDC n. 36, de 25 de julho 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. Diário Oficial da União.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2019). Orientações para preenchimento da autoavaliação das práticas de segurança do paciente – 2019.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2020). Relatório da avaliação nacional das práticas de segurança do paciente em serviços de saúde – 2020. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/relatorio-avaliacao-nacional-das-praticas-de-sp-maio-2021-versao-02-06-21.pdf
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2021). Plano integrado para a gestão sanitária da segurança do paciente em serviços de saúde 2021-2025. https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/plano-integrado-2021-2025-final-para-publicacao-05-03-2021.pdf
Fonseca, A. S., Peterlini, F. L., & Costa, D. A. (2014). Segurança do paciente. Martinari.
Göttems, L. B. D., Santos, M. L. G., Carvalho, P. A., & Amorim, F. F. (2016). A study of cases reported as incidents in a public hospital from 2011 to 2014. Rev. Esc. Enferm. USP (Online), 50(5), 861–867. http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000600021
Laurindo, M. C., Menezes, M. S., Souza, D. A., & Nadai, T. R. (2016). A implantação do protocolo de identificação segura como ferramenta de segurança do paciente. Revista Qualidade HC, (304), 14–20. https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/139/139.pdf
Ministério da Saúde. (2013). Portaria n. 529, de 01 de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP). Diário Oficial da União.
Ministério da Saúde. (2014). Documento de referência para o Programa Nacional de Segurança do Paciente. Ministério da Saúde; Fundação Oswaldo Cruz; Agência Nacional de Vigilância Sanitária. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/documento_referencia_programa_nacional_seguranca.pdf
Pereira, M. O., Ludvich, S. C., & Omizzolo, J. A. E. (2016). Segurança do paciente: Prevenção de úlcera por pressão em unidade de terapia intensiva. Revista Inova Saúde, 5(2), 29–44. http://dx.doi.org/10.18616/is.v5i2.3009
Santos, P. R. A., Rocha, F. L. R. S., & Cintra, C. S. J. (2019). Ações para segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos em unidades de pronto atendimento. Rev. gaúcha enferm. (Online), 40(spe), e20180347. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2019.20180347
Soares, C. F., & Heidemann, I. T. S. B. (2018). Promoção da saúde e prevenção da lesão por pressão: Expectativas do enfermeiro da atenção primária. Texto & contexto enferm. (Online), 27(2), e1630016. https://doi.org/10.1590/0104-070720180001630016
Sousa, P., & Mendes, W. (2014). Segurança do paciente: Criando organizações de saúde seguras. Editora Fiocruz.
Tres, D. P., Oliveira, J. L. C., Vituri, D. W., Alves, S. R., Rigo, D. F. H., & Nicola, A. L. (2016). Qualidade da assistência e segurança do paciente: Avaliação por indicadores. Cogit. Enferm. (Online), 21(5), 1–8. http://dx.doi.org/10.5380/ce.v21i5.44938
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Fernanda Rego Pereira dos Santos da Rocha; Cristiane de Oliveira Novaes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.