Monitorização não invasiva da pressão intracraniana após cirurgia cardíaca: relato de caso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29492

Palavras-chave:

Cirurgia cardíaca; Circulação extracorpórea; Pressão intracraniana; Complacência cerebral; Monitoramento não invasive.

Resumo

Introdução: As válvulas cardíacas são estruturas importantes que desempenham um papel essencial no direcionamento do fluxo sanguíneo; alterações no funcionamento dessas estruturas podem exigir cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. O comportamento da pressão intracraniana (PIC) em pacientes submetidos a este tipo de cirurgia é desconhecido. Objetivo: o objetivo deste estudo foi relatar alterações na morfologia da forma de onda da PIC em uma paciente submetida à cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Descrição do caso: Este relatório fornece dados sobre a morfologia da forma de onda da PIC (picos P1 e P2) monitorados antes, imediatamente após e no 5º dia após a cirurgia cardíaca. Na avaliação pré-operatória, a morfologia das curvas da PIC da paciente estava discretamente alterada, possivelmente devido à doença cardiovascular de base. Na segunda medição das formas de onda da PIC, realizada após a cirurgia, a morfologia da onda da PIC estava normal. No 5º PO, após a paciente apresentar sinais clínicos de complicações neurológicas, foi realizada a terceira medida de ICP, que mostrou que a morfologia da onda da PIC estava alterada. Conclusões: A utilização da monitorização não invasiva da PIC é de grande importância em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca, com o objetivo de diagnosticar, prevenir e/ou possibilitar o tratamento rápido nos casos em que há evolução de complicações neurológicas mais graves que podem levar ao óbito.

Referências

Aires, M. M. (2008). Fisiologia. (3a ed.), Ed. Guanabara Koogan.

Andrade, R. A. P., Membro, I. E. E. E., Oshiro, H. E., Miyazaki, C. K., Hayashi, C. Y., Morais, M. A., Brunelli, R. & Carmo, J. P. (2021). Monitoramento de pressão. IEEE Sensor Journal. 20(20), 1-9.

Barbosa, C. R. (2016). Avaliação laboratorial e monitoração não invasiva da pressão intracraniana em pacientes selecionados à hemodiálise. Dissertação de mestrado (PPGCF), Universidade Estadual de Ponta Grossa-PR. < https://www3.uepg.br/sebisa/departamentos/declin/>

Barbosa, N. F., Cardinelli D. M. & Ercole F. F. (2010). Determinantes de Complicações Neurológicas no Uso da Circulação Extracorpórea (CEC). Arquivo Brasileiro de Cardiologia, 95, 151-157.

Beccaria, L. M., Cesarino C. B., Werneck, A. L., Correio N. C. G., Correio, K. S. S. & Correio M. M (2015). Complicações pós-operatórias em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca em hospital de ensino. Arquivo de Ciências da Saúde, 22, 37-41.

Bollela, V. R., Frigieri, G., Vilar, F. C., Spavieri JR, D. L. Tallarico, G. M., Andrade R. A. P., et al. (2017) Noninvasive intracranial pressure monitoring for HIV-associated cryptococcal meningitis. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 50, 1-5.

Buono, H. C. D., Silingardi, R., Guerra M. S. B. & Uyeda, M. (2015). Fisiologia cardíaca, valvopatias e a atuação do nutricionista. Revista Saúde em Foco, 7, 197-202.

Carlotti, J. R. C., Benedicto, O. C. & Dias, L. A. A. (1998). Hipertensão intracraniana. Revista Medicina- Ribeirão Preto, 31, 552-562.

Carvalho, A. R. S., Matsuda,L. M., Carvalho, M. S. S., Almeida, R. M. S. S. A. & Schneider, D. S. L. G. (2005). Complicações no pós-operatório de revascularização miocárdica. Revista Ciência, Cuidado e Saúde, 5, 50-59.

Giugno, K. M., Maia, T. R., Kunrath, C. L. & Bizzi, J. J. (2003). Tratamento da hipertensão intracraniana. Jornal de Pediatria – 79(4), 287-296.

Gomes, O. M. (2005). Fisiologia Cardiovascular Aplicada. Editora: Edicor.

Hueb, T. O. & Hueb, W. (2013). Revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea. Revista Brasileira de Medicina, São Paulo, 70(1), 39-45. < http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=5324.

Lelis, R. G. B. & Auler JR, J. O. C. (2004). Lesão Neurológica em Cirurgia Cardíaca: Aspectos Fisiopatológicos. Revista Brasileira de Anestesiologia, 54, 607-617.

Silva, A. J. M. (2016). Estudo de risco cardiovascular: uma proposta do uso de mieloperoxidase sérica e avaliação da pressão intracraniana. Dissertação de mestrado (PPGCF), Universidade Estadual de Ponta Grossa. Ponta Grossa-PR.< http://tede2.uepg.br/jspui/handle/prefix/201>.

Silva, M. L. & Bachur, C. K. (2005). Estudo retrospectivo: acidente vascular cerebral como complicação no pós-operatório de cirurgia cardíaca com circulação extracorpórea. Revista Científica da Universidade de Franca (SP), 5, 145-153.

Soares, G. M. T., Ferreira, D. C. S., Gonçalves, T. G. S., David, F. L., Henriques, K. M. C. & Riani, L. R. (2011). Prevalência das principais complicações pós-operatórias em cirurgias cardíacas. Revista Brasileira de Cardiologia, 24, 139-146.

Sociedade Brasileira de Cardiologia (2011). Diretriz Brasileira de Valvopatias. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 97, 1-67.

Torrati, F. G. & Dantas, R. A. S. (2012). Circulação extracorpórea e complicações no período pós-operatório imediato de cirurgias cardíacas. Acta Paulista de Enfermagem, 25, 340-345.

Werneck, L. C. & Loures, D. R. R. (1973). Complicações neurológicas da cirurgia cardíaca: Revisão sobre a patogenia e bases para o tratamento. Arquivo de Neuropsiquiatria (São Paulo), 31, 271-282.

Westerdahl, E. (2005). Deep- breathing exercises reduce atelectasis and improve pulmonary function after coronary artery bypass surgery. American College of Chest Physicians; 128, 3482-3488.

Downloads

Publicado

10/05/2022

Como Citar

AYRES, C.; VELLOSA, J. C. R. Monitorização não invasiva da pressão intracraniana após cirurgia cardíaca: relato de caso. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 6, p. e56011629492, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i6.29492. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/29492. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde