Saberes e práticas de Línguas Adicionais na Educação Profissional e Tecnológica com vistas a uma proposta crítico-reflexiva
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29646Palavras-chave:
Educação profissional e tecnológica; Línguas adicionais; BNCC; Ensino.Resumo
Este artigo objetiva analisar a concepção de línguas adicionais presente nos documentos que regulamentam o seu ensino em âmbito nacional. A metodologia se configura como uma abordagem que tende tanto ao método de levantamento bibliográfico como à análise documental. Para a realização dessa discussão, contamos com as contribuições de Bakhtin; Saussure; Chomsky; que nos fazemos valer para a concepção de língua(gem); apoiamo-nos nas discussões subsidiadas por aqueles/as que se comprometem com os estudos de Linguística Aplicada: Fabrício; Moita Lopes; Pennycook; trazemos, também, o aporte de Leffa & Irala quanto à conceitualização de línguas adicionais e, finalmente, dispomos as contribuições de autores/as que se prestam a discutir aspectos relacionados à Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Macedo; Branco et al; Brasil; Pfeiffer & Grigoletto. A análise revela o caráter exclusivo da BNCC quando se trata do processo de ensino-aprendizagem de línguas adicionais, visto que, alicerçados pelo presente estudo, inferimos que esse documento traz algumas controvérsias além de não objetivar promover uma educação plurilingue.
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