Germinação de sementes e crescimento de plântulas cultivares de beterraba submetidas ao estresse salino
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29686Palavras-chave:
Beta vulgaris L.; Bettollo; Betty RZ F1; Salinidade; Scarlet Super.Resumo
Objetivou-se avaliar cultivares de beterraba submetidas à salinidade durante a fase de germinação e emergência das plântulas. Foi utilizado o delineamento experimental inteiramente casualizado, disposto em esquema fatorial 3x5, com quatro repetições. Os tratamentos consistiam em três cultivares de beterraba (Betty RZ F1, Bettollo e Scarlet Super F1) e cinco concentrações de salinidade da água de irrigação 0, 50, 100, 150 e 200 mM correspondendo às Condutividades Elétricas de 0, 6,00, 10,25, 12,44 e 14,40 dS/m. Foram calculadas as porcentagens de germinação e emergência, o índice de velocidade de germinação e emergência (IVG e IVE), tempo médio de germinação e emergência (TMG e TME) das plântulas. A cultivar Bettollo obteve as melhores médias de porcentagem de germinação e emergência na CE de 6,00 dS/m, assim como a Scarlet Super na concentração de 10,25 dS/m, sugerindo que estas cultivares sejam mais tolerantes a estas concentrações. A cultivar Betty apresentou menor germinação e emergência em todas as concentrações. Bettoloo e Scarlet Super sofreram decréscimos tanto na porcentagem de germinação como na emergência nas concentrações salinas a partir de 10,25 dS/m. As maiores CE da água promoveram a redução da porcentagem de Germinação e do IVG, gerando o prolongamento do TMG para todas as cultivares. As altas concentrações salinas dificultam a entrada da água na semente ocasionando consequentemente a redução da altura de plântula, e do comprimento da radícula e do hipocótilo de todas as cultivares avaliadas.
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