Caracterização do perfil clínico-epidemiológico e do manejo fisioterapêutico de pacientes com edema agudo de pulmão
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.29694Palavras-chave:
Edema pulmonar; Fisioterapia; Atendimento de emergência.Resumo
O Edema Agudo de Pulmão (EAP) é uma das principais complicações cardiopulmonares que demandam cuidados da fisioterapia nos setores de emergência. Desse modo, esse estudo tem o objetivo descrever o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com EAP admitidos em um hospital público e identificar as condutas fisioterapêuticas utilizadas no manejo de tais indivíduos. Trata-se de um estudo do tipo descritivo de abordagem quantitativa, realizado a partir de prontuários de um hospital público, no período de maio de 2018 a maio de 2019. Os dados coletados foram submetidos à análise da estatística descritiva simples, por meio de cálculos das médias e desvio padrão para as variáveis quantitativas, e a apresentação das frequências absolutas e relativas para as variáveis categóricas. Foram encontrados 90 prontuários, sendo homogênea a frequência entre os sexos, sem predominância entre eles, a maioria dos pacientes eram idosos, com passagem pela emergência, com EAP do tipo cardiogênico, com patologias cardíacas associadas, hipertensos e diabéticos. A alta hospitalar foi o desfecho mais frequente. Ficou evidenciado que a monitorização cardiorrespiratória, a cinesioterapia e a Ventilação Mecânica não Invasiva são as principais abordagens do plano terapêutico e a cinesioterapia, a monitorização cardiorrespiratória e a oxigenoterapia são as condutas mais realizadas pelos fisioterapeutas.
Referências
Akamine, N., & Rasslan, Z. (2012). Medicina de urgência e emergência. Educ Contin Saúde Einstein. 10(1):19-22
Abreu, L. C. S. (2019). Edema agudo de pulmão: principais condutas de enfermagem. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 4(2), 70-79.
Barbas, C. S. V., Ísola, A. M., Farias, A. M. D. C., Cavalcanti, A. B., Gama, A. M. C., Duarte, A. C. M., & Amado, V. M. (2014). Recomendações brasileiras de ventilação mecânica 2013. Revista Brasileira de Terapia Intensiva.
Brito, F. C., Martinez, B. P., Neto, M. G., Saquetto, M. B., Conceição, C. S., & Silva, C. M. (2019). Efeitos da pressão positiva contínua e de dois níveis na via aérea em edema agudo de pulmão cardiogênico: uma revisão sistemática. Revista Pesquisa em Fisioterapia, 9(2), 250-263.
Cabral, F. D., Mendonça, A. P. M., Cabral, K. B., Cabral, R. S. C., de Souza, M. C. M. C., de Jesus, D. C., & da Silva, R. C. D. (2020). Intervenção fisioterapêutica no paciente com edema agudo de pulmão em Unidade de Terapia Intensiva. Revista Científica da Faculdade Quirinópolis, 3(10), 30-44.
Campos, D. S. A. (2014). Perfil clínico e atuação fisioterapêutica em pacientes atendidos na emergência de um hospital público de Goiás. Fisioterapia Brasil, 15(3), 173-180.
Chioncel, O., Ambrosy, A. P., Bubenek, S., Filipescu, D., Vinereanu, D., Petris, A., & Romanian Acute Heart Failure Syndromes study investigators. (2016). Epidemiology, pathophysiology, and in-hospital management of pulmonary edema: data from the Romanian Acute Heart Failure Syndromes registry. Journal of Cardiovascular Medicine, 17(2), 92-104.
Clark, A. L., & Cleland, J. G. (2013). Causes and treatment of oedema in patients with heart failure. Nature Reviews Cardiology, 10(3), 156-170.
Danesi, G. M., de Lima Xavier, L., Bertoluci, M. C., & Baldisserotto, S. (2016). Edema agudo de pulmão. Acta méd.(Porto Alegre), 6-6.
El‐Refay, B. H., Gwada, R. F., & Ibrahim, B. S. (2015). Bi‐level versus continuous positive airway pressure in acute cardiogenic pulmonary edema: a randomized control trial. Clinical Medicine Research, 4(6), 221-28.
Ferrari, G., Milan, A., Groff, P., Pagnozzi, F., Mazzone, M., Molino, P., & Aprà, F. (2010). Continuous positive airway pressure vs. pressure support ventilation in acute cardiogenic pulmonary edema: a randomized trial. The Journal of emergency medicine, 39(5), 676-684.
Ferreira, J., Araujo Silva, J. C., Barradas Cavalcante, T., & de Oliveira Campelo, G. (2017). Atuação do fisioterapeuta em enfermaria hospitalar no Brasil. Fisioterapia Brasil, 18(6).
Fonseca, N. M., Martins, A. V. C., & Fonseca, G. G. (2014). Ventilação mecânica protetora, utilizar para todos?. Rev. méd. Minas Gerais.
Gil, A. C. (2008). Métodos e técnicas de pesquisa social. (6ª. ed.) Ediitora Atlas SA.
Guedes, L. P. C. M., Oliveira, M. L. C. D., & Carvalho, G. D. A. (2018). Efeitos deletérios do tempo prolongado no leito nos sistemas corporais dos idosos-uma revisão. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, 21, 499-506.
Liesching, T., Nelson, D. L., Cormier, K. L., Sucov, A., Short, K., Warburton, R., & Hill, N. S. (2014). Randomized trial of bilevel versus continuous positive airway pressure for acute pulmonary edema. The Journal of emergency medicine, 46(1), 130-140.
Maciel, V. A. M. (2009). Insuficiência cardíaca. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 93(6), 146-178.
Ogawa, K. Y. L., Diniz, J. S., Frigeri, L. B., & Ferreira, C. A. (2009). Intervenção fisioterapêutica nas emergências cardiorrespiratórias. Mundo Saúde, 33(4), 457-66.
Parissis, J. T., Nikolaou, M., Mebazaa, A., Ikonomidis, I., Delgado, J., Vilas‐Boas, F., & Follath, F. (2010). Acute pulmonary oedema: clinical characteristics, prognostic factors, and in‐hospital management. European journal of heart failure, 12(11), 1193-1202.
Peacock, W. F., Cannon, C. M., Singer, A. J., & Hiestand, B. C. (2015). Considerations for initial therapy in the treatment of acute heart failure. Critical Care, 19(1), 1-11.
Piccoli, A., Werle, R. W., Kutchak, F., & Rieder, M. M. (2013). Indicações para inserção do profissional fisioterapeuta em uma unidade de emergência. Assobrafir Cienc, 4(1), 33-41.
Purvey, M., & Allen, G. (2017). Managing acute pulmonary oedema. Australian prescriber, 40(2), 59.
Ramírez-Alfaro, C., & Palma-Rodríguez, O. (2019). Mortalidad de los pacientes sometidos a ventilación mecánica no invasiva. Acta Médica Costarricense, 61(2), 55-61.
Ribeiro, F. G. F., Monteiro, P. N. S., & Barrozo, A. F. (2014). Tratamento de edema agudo de pulmão cardiogênico de um hospital de referência em cardiologia de Belém do Pará. Braz. J. Surg. Clin. Res, 7(2), 14-18.
Roguin, A., Behar, D. M., Ami, H. B., Reisner, S. A., Edelstein, S., Linn, S., & Edoute, Y. (2000). Long‐term prognosis of acute pulmonary oedema—an ominous outcome.
Rohde, L. E. P., Montera, M. W., Bocchi, E. A., Clausell, N. O., Albuquerque, D. C. D., Rassi, S., & Martins, W. D. A. (2018). Diretriz brasileira de insuficiência cardíaca crônica e aguda. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 111(3), 436-539.
Santos, A. C. P., de Sá, F. D. P. O., de Souza, R. G., & Eugenio, S. (2020). Ventilação mecânica não invasiva no edema agudo de pulmão: revisão sistemática da literatura. Revista Ciência e Saúde On-line, 5(2).
Silva, W. O. (2013). Monitorização hemodinâmica no paciente crítico. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto, 12(3).
Stefanini, E., & Trajano Filho, J. (2016). Abordagem clínica da congestão pulmonar aguda no cardiopata. Rev. Soc. Cardiol. Estado de Säo Paulo, 39-45.
Sureka, B., Bansal, K., & Arora, A. (2015). Pulmonary edema− cardiogenic or noncardiogenic?. Journal of family medicine and primary care, 4(2), 290.
Tahilyani, A., Watson, T. J., Low, R., Foo, H. L., & Woon, C. Y. (2018). Clinical Outcome and Prognosis of Patients with Acute Pulmonary Oedema (COPP APO). J Cardiovasc Dis Med, 1, 39-42.
Vital, F. M., Ladeira, M. T., & Atallah, Á. N. (2013). Non‐invasive positive pressure ventilation (CPAP or bilevel NPPV) for cardiogenic pulmonary oedema. Cochrane database of systematic reviews, (5).
Weng, C. L., Zhao, Y. T., Liu, Q. H., Fu, C. J., Sun, F., Ma, Y. L., & He, Q. Y. (2010). Meta-analysis: noninvasive ventilation in acute cardiogenic pulmonary edema. Annals of internal medicine, 152(9), 590-600.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Roberta Barros de Miranda; Jocinei Ferreira Constâncio; Tatiane Oliveira de Souza Constâncio; Leila Graziele de Almeida Brito; Jarlan Santana de Souza; Gabriel Santos Lopes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.