O impacto da dança como terapia adjuvante não farmacológica em sobreviventes de cancer: um ensaio clínico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29714Palavras-chave:
Terapia adjuvante; Dança; Qualidade de Vida; Sobreviventes de câncer.Resumo
Objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar o impacto da dança como terapia adjuvante não farmacológica na qualidade de vida (QV), sensação de dor e depressão em mulheres sobreviventes de câncer. Método: Realizamos um ensaio clínico de tratamento, paralelo, aberto, randomizado-controlado, com vivências da dança como linguagem. Através de 2 aulas de dança por semana, em grupo, durante 20 semanas, envolvendo processos criativos em dança e exercícios físicos leves a moderados. Questionários foram respondidos antes, durante e após a intervenção. As participantes foram randomizadas em dois grupos – controle (não realizou as aulas de dança) e intervenção (realizou as aulas de dança) – e responderam questionários antes, durante e após a intervenção. Avaliamos a QV (Functional Assessment of Cancer Therapy General), a percepção da dor (Visual Analog Scale e McGill Pain Questionnaire) e a depressão (Hamilton Depression Rating Scale). Resultados: A análise estatística dos dados revelou que o grupo intervenção e controle não apresentavam diferença estatística em: faixa etária, tipo de câncer, estádio da doença, cirurgia e acometimento escapular e pélvico. Os resultados mostraram, no grupo intervenção, apresentou melhora da QV, das dimensões afetiva, miscelânea, sensorial e total das dimensões, diminuição de dor e depressão. Conclusão: Este estudo apresenta a dança como terapia adjuvante não farmacológica complementar no tratamento de sobreviventes ao câncer, proporcionando melhora da qualidade de vida, dor e processos depressivos. Implicações para as sobreviventes de câncer: A prática da dança como linguagem é uma intervenção válida para mulheres sobreviventes do câncer enfrentarem os efeitos físicos e psicossociais da doença.
Referências
Bernardi, N. F., Bellemare-Pepin, A., & Peretz, I. (2017). Enhancement of Pleasure during Spontaneous Dance. Front Hum Neurosci. https://doi.org/10.3389/fnhum.2017.00572
Boing, L., Baptista, F., Pereira, G. S., Sperandio, F. F., Moratelli, J., & Cardoso, A. A., et al. (2018). Benefits of belly dance on quality of life, fatigue, and depressive symptoms in women with breast câncer. A pilot study of a non-randomised clinical trial. Journal of bodywork and movement therapies, 22(2): 460–466. https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2017.10.003
Costa, W. A., Monteiro, M. N., Queiroz, J. F., & Gonçalves, A. K. (2017). Pain and quality of life in breast cancer patients. Clinics: 72(12):758-763. 10.6061/clinics/2017(12)07
Cruz, E. I. da S., Cruz, A. H. da S., Marques, R. A. S., Santos, R. da S., & Reis, A. A. da S. (2022). The use of non-pharmacological adjuvant therapies for cancer pain: a narrative review in the context of dance. Research, Society and Development, 11(1), e30411124771. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i1.24771
Dos Santos, W. D. N., Gentil, P., de Moraes, R. F., Júnior, J. B. F., Campos, M. H., Lira, C. A. B. & Júnior, R. F., et al. (2017). Chronic Effects of Resistance Training in Breast Cancer Survivors. BioMed Research International. https://doi.org/10.1155/2017/8367803
Fong, Y. A., Cobley, S., Chan, C., Pappas, E., Nicholson, L. L., Ward, R. E., Murdoch, R. E., Gu, Y., Trevor, B. L., Vassallo, A. J., Wewege, M. A., & Hiller, C. E. (2018). The Effectiveness of Dance Interventions on Physical Health Outcomes Compared to Other Forms of Physical Activity: A Systematic Review and Meta-Analysis. Sports Med. https://doi.org/10.1007/s40279-017-0853-5
Gannotta, R., Malik, S., Chan, A.Y., Urgun, K., Hsu, F., & Vadera, S. (2018). Integrative Medicine as a Vital Component of Patient Care. Cureus 10(8): e3098. doi:10.7759/cureus.3098
Goodill, S. W. Accumulating Evidence for Dance/Movement Therapy in Cancer Care. Frontiers in psychology. (2018). 9, 1778. 10.3389/fpsyg.2018.01778
Greenlee, H., Dupont-Reyes, M. J., Balneaves, L.g., et al. (2017). Clinical practice guidelines on the evidence-based use of integrative therapies during and after breast cancer treatment. CA Cancer J Clin. 67(3):194–232. doi:10.3322/caac.21397
He, Z., Song, A., Zhang, Z., et al. (2018). Comparative efficacy of non-pharmacological adjuvant therapies for quality of life in the patients with breast cancer receiving chemo- or radio-therapy: A protocol for systematic review and Bayesian network meta-analysis. Medicine (Baltimore).97(35):e12096. doi:10.1097/MD.0000000000012096
Ho, R. T., Fong, T. C., Cheung, I. K., Yip, P. S. & Luk, M. Y. (2016). Effects of a Short-Term Dance Movement Therapy Program on Symptoms and Stress in Patients with Breast Cancer Undergoing Radiotherapy: A Randomized, Controlled, Single-Blind Trial. Journal of pain and symptom management. May;51(5):824-831.
Kaltsatou, A., Mameletzi, D. & Douka, S. (2011). Physical and psychological benefits of a 24-week traditional dance program in breast cancer survivors. Journal of bodywork and movement therapies 15(2):162-167. https://doi.org/10.1016/j.jbmt.2010.03.002
Koom, W. S., Choi, M. Y., Lee, J., Park, E. J., Kim, J. H., Kim, S. H. & Kim, Y. B. (2016). Art therapy using famous painting appreciation maintains fatigue levels during radiotherapy in cancer patients. Radiation oncology journal, 34(2): 135-44.
Lopez, G., Mao, J. J., & Cohen, L. (2017). Integrative Oncology. Med Clin North Am, 101(5), 977-985
Marques, I. (2010). Linguagem da Dança: arte e ensino. Digitexto,
Murphy, R. M. (2010). Waiting for a Cure: Balancing Medicine and Quality of Life for people Living with Cancer. Proceedings of the Nova Scotian Institute of Science (NSIS), 45(2), 112-124.
NCI. (2019). About Cancer: Self-Image and Sexuality. In: National Cancer Institute. Full text available at: https://www.cancer.gov/about-cancer/coping/self-image
Pisu, M., Demark-Wahnefried, W., Kenzik, K. M., Oster, R. A., Lin, C. P., Manne, S., Alvarez, R. & Martin, M. Y. (2017). A dance intervention for cancer survivors and their partners (RHYTHM). Journal of cancer survivorship: research and practice. Jun;11(3):350-359.
Silva, H. R. da, Nascimento, F. R. dos S., Santos, S. L. dos, Lustosa, M. J. L., Filho, J. C. L. C. de M., Portela, C. L., Costa, R. H. F., Junior, C. A. A. de M., Fernandes, L. K. da S., & Neto, J. C. P. (2020). The importance of physical activity and healthy eating in cancer prophylaxis. Research, Society and Development, 9(4), e68942868. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i4.2868
Szalai, M., Lévay, B., Szirmai, A., Papp, I., Prémusz, V. & Bódis, J. (2015). A clinical study to assess the efficacy of belly dancing as a tool for rehabilitation in female patients with malignancies. European journal of oncology nursing: the official journal of European Oncology Nursing Society. Feb; 19(1):60-65.
Tortora, S. (2019). Children Are Born to Dance! Pediatric Medical Dance/MovementTherapy: The View from Integrative Pediatric Oncology. Children (Basel) 6, no. 1: 14. https://doi.org/10.3390/children6010014
Vardhan, V., Goyal, C., Chaudhari, J., Jain, V., Kulkarni, C. A., & Jain, M. (2022). Effect of Dance Movement Therapy on Cancer-Related Fatigue in Breast Cancer Patients Undergoing Radiation Therapy: A Pre-post Intervention Study. Cureus, 14(1), e21040. https://doi.org/10.7759/cureus.21040
Witt, C. M., Balneaves, L. G., Cardoso, M. J., Cohen, L., Greenlee, H., Johnstone, P., Kücük, Ö., Mailman, J., & Mao, J. J. (2017). A Comprehensive Definition for Integrative Oncology. J Natl Cancer Inst Monogr. Nov 1;2017(52). 10.1093/jncimonographs/lgx012.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Elaine Izabel da Silva Cruz; Aline Helena da Silva Cruz; Joyce Alves Ventura; Rômulo Alberto Silva Marques; Rodrigo da Silva Santos; Angela Adamski da Silva Reis
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.