Balanço do dióxido de carbono equivalente em lavouras cafeeiras
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.29966Palavras-chave:
Cafeicultura; Gases de Efeito Estufa; Sequestro de carbono.Resumo
Objetivou-se no presente estudo realizar o balanço do carbono equivalente em lavouras cafeeiras ocupadas por duas diferentes cultivares. O estudo foi conduzido no ano de 2021, em propriedade agrícola localizada dentro dos municípios de Guaxupé - MG e Tapiratiba - SP, Brasil. Foram avaliadas duas glebas (A e B), plantadas no ano de 2018 com espaçamento 3,5 x 0,7 m. A gleba A ocupada com a cultivar Acaia IAC 474-19 e a gleba B cultivar Catuaí IAC - 99. A estimativa de emissões foi calculada utilizando-se das metodologias GHG Protocol, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O carbono presente na biomassa foi quantificado a partir do abate das plantas, determinação da umidade (%), teor de carbono (C) e estimativa do dióxido de carbono equivalente (CO2 eq). O balanço do carbono equivalente por hectare (CO2 eq ha-1) foi obtido pela diferença entre o carbono sequestrado e as emissões estimadas. Os resultados demonstraram que o sequestro de carbono equivalente na biomassa do cafeeiro em 3,5 anos foi de aproximadamente 3,6 vezes maior que as emissões. A remoção de CO2 eq aos 3,5 anos foi estimada em 15,15 e 24,92 Mg CO2 eq ha-1 para a cultivar Catuai IAC-99 e Acaia IAC 474-19 respectivamente. As emissões ao longo do período avaliado foram de 5,05 e 5,77 Mg CO2 eq ha-1 para as glebas cultivadas com Catuaí IAC-99 e Acaia IAC 474-19, portanto o sistema de produção avaliado aos 3,5 anos pode ser considerado carbono neutro.
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