Relatos de autopercepção e cuidados em saúde bucal da pessoa idosa institucionalizada
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30027Palavras-chave:
Saúde bucal; Educação em saúde; Saúde do idoso institucionalizado.Resumo
A pesquisa teve como objetivo entender os conhecimentos, costumes e autopercepção na saúde bucal de idosos em uma Instituição de Longa Permanência (ILPI), a fim de se determinar como este histórico influencia na saúde bucal do idoso institucionalizado. Para isso, foi realizado um estudo qualitativo, configurado como pesquisa-intervenção, composto por relatos de moradores da ILPI; e que investigou, por meio de entrevista semiestruturada, seus conhecimentos prévios e hábitos de saúde bucal. As entrevistas foram gravadas, transcritas e analisadas. Foram entrevistados seis idosos e, a partir da análise de conteúdo, emergiram cinco categorias principais: todos os participantes nasceram no Sul de Minas Gerais, têm escolaridade incompleta e infância marcada por cuidados de saúde bucal insatisfatórios. Todos relataram cuidados ocasionais de saúde bucal que se tornaram irregulares na velhice. A maioria dos participantes se abrigaram voluntariamente na ILPI, relatando expressiva mudança de rotina e perda da autonomia e independência. Para os entrevistados, o significado de saúde bucal é compreendido entre função satisfatória, ausência de doenças e não consideram a própria condição satisfatória. Portanto, embora os relatos apresentem trajetórias de vida heterogêneas, as experiências de envelhecimento e vivência na ILPI são semelhantes. As experiências de saúde bucal são ainda mais similares, com hábitos irregulares de higiene, uso de próteses e desinteresse pelas condições bucais. Os relatos foram de extrema importância para compreensão das condições e necessidades dos idosos e, a partir daí, construir novos caminhos para a educação em saúde bucal, indo além da ausência de doenças e considerando a qualidade de vida.
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