Perfil epidemiológico das notificações por malária no Nordeste do Brasil, entre 2015-2021
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30091Palavras-chave:
Malária; Epidemiologia Descritiva; Atenção à Saúde; Serviços de Saúde; Medicina.Resumo
A malária é uma doença infecciosa febril, que possui como vetor a fêmea do mosquito Anopheles (mosquito prego) infectada por um protozoário, o Plasmodium. No Brasil, cerca de 99% dos casos estão concentrados na região amazônica, considerada área endêmica do país. Os casos identificados na região extra-amazônica são considerados como doença de notificação compulsória imediata. O trabalho tem como objetivo analisar o perfil epidemiológico da malária na região Nordeste. A metodologia utilizada foi um abordagem epidemiológica ecológica, com dados obtidos a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no Departamento de Informática do Ministério da Saúde (DATASUS). Da região Nordeste, o estado com mais casos notificados de malária foi a Bahia (28,4%), seguido do Piauí (20,2%), durante o período compreendido entre os anos de 2015-2021. O ano de 2018 representou o período com o maior número de casos, com um total de 152 notificações. Em contrapartida, o ano de 2021 expôs o menor número de registros confirmados, com apenas 9. Por fim, é notória a ausência de controle na cadeia de transmissão da doença, sendo necessária uma melhor vigilância epidemiológica, associada a uma aplicação mais eficaz das políticas públicas preconizadas pelo Plano Nacional de Controle da Malária (PNCM), e um estímulo a mais estudos similares.
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