Origem e mosaico da paisagem da Reserva Extrativista Marinha de Canavieiras, Bahia, Brasil
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30240Palavras-chave:
Unidade de Conservação; Sustentabilidade; Conflitos de Interesses; Comunidades tradicionais.Resumo
Este artigo tem como objetivos: Analisar o processo de criação da Reserva Extrativista Marinha de Canavieiras, Área Marinho-Costeira Protegida, Sul do Estado da Bahia, Brasil, evidenciando os interesses que permearam seu processo de criação e implementação, organização comunitária e associativa; evidenciar a importância dessa Resex para a conservação ambiental, a partir da estrutura do mosaico de sua paisagem, em dois distintos momentos, anos 2000 e 2018 – antes e depois de sua criação. Como percurso metodológico, fizeram-se levantamentos bibliográficos e documentais, visitas in loco nas comunidades beneficiárias com a implantação da Resex e coleta de informações, bem como a elaboração de mapas de uso e ocupação da terra, através do software ArcGis. Os resultados da pesquisa apontaram que ocorreram vários conflitos de interesses no processo de criação e implantação dessa Resex, em especial no município de Canavieiras, por conta de empreendimentos que se sentiram prejudicados com a sua implementação. Realizando uma comparação do mosaico da paisagem dessa Resex possibilitou inferir que a cobertura vegetal se encontra em boas condições de conservação em sua área de abrangência, em especial no que se refere ao ecossistema de manguezal se comparadas com outras áreas ocupadas com formações florestais no interior do território dos municípios de Canavieiras e Belmonte. Sendo que estas foram sendo suprimidas por pastagens ou associação agricultura e pastagem. Além disso, in loco identificou-se a ocorrência de certos efeitos dentro da Resex proveniente de empreendimentos não pertencentes a extrativistas, como a drenagem ao lado da comunidade dos Campinhos, prejudicando o recurso hídrico subterrâneo utilizado por ela, algo que não pode ser captado pelos mapas.
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