Perfil dos exames de DNA relativos aos casos de identificação humana realizados em Instituto de Genética forense de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30350Palavras-chave:
Ácidos Nucleicos Heteroduplexes; Antropologia Forense; Genética Forense.Resumo
A genética forense tem se demonstrado uma grande aliada no processo de identificação humana, sendo assim, este trabalho se propôs a conhecer e analisar o perfil dos exames de DNA nos casos de identificação humana, realizados no Instituto de Genética Forense do estado de Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem quantitativa, a qual constata e avalia as variáveis sem manipular as situações, a partir de condições já existentes. Foram consultados dados secundários extraídos de planilhas dos exames do Instituto de Genética Forense Eduardo Campos (IGFEC) no período de janeiro a dezembro de 2021. Os resultados demonstraram um total de 678 casos de identificação humana, a maioria deles encontrava-se em backlog para posterior análise, gerando 2.121 amostras genéticas, parte do tipo referencial feitas em vivos (14,71%), parte do tipo questionada (41,73%) realizadas nos cadáveres, esta última representada principalmente por sangue, músculo, osso e dentes, e parte das amostras relacionada à contraprova (43,56%). Em 39,93% das amostras, a metodologia quanto à extração do DNA não foi informada na planilha. Dentre as informadas, o cartão FTA e as plataformas automatizadas foram as mais prevalentes. Concluiu-se que a celeridade da análise dos exames realizados no vivo e no morto é beneficiada a partir do crescente desenvolvimento tecnológico e da qualificação dos laboratórios forenses.
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