Força isocinéticas do joelho de adultos com paralisia cerebral e de pessoas sem deficiência: uma revisão integrativa de literatura
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30383Palavras-chave:
Dinamometria; Resistência muscular; Pico de torque; Ensino; Ensino em saúde.Resumo
Objetivo: Verificar as evidências apresentadas por estudos anteriores que compararam a força isocinética dos músculos que movem o joelho de adultos com PC com grupos controles ou com valores de referência de pessoas sem deficiência física. Método: Foram realizados levantamentos bibliográficos nas bases de dados: PubMed, LILACS, Cochrane Central Register of Controlled Trials (CENTRAL), Physiotherapy Evidence Database (PEDro) e SciELO, foram pesquisados artigos publicados desde o início de cada base de dados até janeiro de 2022. Os termos utilizados para a busca foram “paralisia cerebral”; “adulto”; “isocinético” ou “isocinética”; “dinamômetro” ou “dinamometria”; “joelho”, em português e inglês. Resultados: Foi encontrado o total de 69 artigos na busca inicial (PubMed= 34, LILACS=12, Cochrane CENTRAL= 8, PEDro= 9 e SciELO= 6). Após a remoção das duplicatas permaneceram 46 estudos. Na primeira triagem pelo título e resumo foram selecionados 11 estudos. Após a leitura na íntegra e aplicados os critérios de elegibilidade restaram um total de 4 artigos. Considerações finais: Os estudos relatam que a maioria dos parâmetros de capacidade física pode ser avaliada de forma viável e confiável em adultos com PC com GMFCS níveis I e II, que adultos com PC apresentam menor da força isocinética e isométrica de extensão que adultos sem PC, que jogadores de futebol com PC e hemiparesia apresentaram menor pico de torque e de potência média no lado envolvido, apresentaram valores de pico de torque mais baixos do que os valores previstos para indivíduos sem deficiência física e apresentaram equilíbrio muscular entre flexores e extensores do joelho.
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