Vivências das enfermeiras obstétricas em assistir à mulher no parto na água em Portugal

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.30410

Palavras-chave:

Enfermeiras Obstétricas; Parto Humanizado; Parto Noraml; Acontecimentos que Mudam a Vida; Tocologia.

Resumo

Introdução: O parto na água está a expandir progressivamente em vários países ao redor do mundo com disponibilidade a mulheres de baixo risco obstétrico. Objetivo: Compreender a vivência das Enfermeiras Especialistas em Saúde Materna e Obstétricas sobre a sua prática clínica, na assistência à mulher que planejou e vivenciou à execução do parto na água, afim de contribuir com a prática clínica dos profissionais que estão envolvidos tanto no preparo para o parto, quanto no trabalho de parto e no parto na água. Método: Estudo qualitativo onde foram entrevistadas 12 Enfermeiras Especialistas em Saúde Materna e Obstétricas sobre suas vivências em assistir os partos na água em Portugal, através da técnica de amostragem não probabilística – Bola de Neve. A coleta de dados ocorreu em outubro de 2015, mediante entrevista individual. Resultados: As narrativas das participantes foram agrupadas em três categorias: 1 - Assistência ao Parto na Água como uma Experiência Emocionante; 2 - Preparação para o parto na água: maior autonomia da mulher e as enfermeiras como expectadora e 3 - O nascimento na água e a transição suave do recém-nascido. Conclusão: Este estudo sinalizou que através da vivência das Enfermeiras Obstétricas foi possível olhar o parto na água como processo natural de parturição e nascimento, também como um evento que não precisa de intervenção na maioria das vezes, o preparo tanto da mulher como do companheiro foi fundamental para uma experiência emocionante e uma transição suave do recém-nascido.

Referências

A Model Practice Template for Hydrotherapy in Labor and Birth. (2017). Journal of midwifery & women's health, 62(1), 120–126. https://doi.org/10.1111/jmwh.12587.

Agudelo, S. I., Gamboa, O. A., Acuña, E., Aguirre, L., Bastidas, S., Guijarro, J., & Buitrago, L. (2021). Randomized clinical trial of the effect of the onset time of skin-to-skin contact at birth, immediate compared to early, on the duration of breastfeeding in full term newborns. International Breastfeeding Journal, 16(1), 1-10. https://doi.org/10.1186/s13006-021-00379-z

Badinter, E. (1985). Um amor conquistado: o mito do amor materno (W. Dutra, Trad.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira.

Bardin, L. (2016). Análise de conteúdo. São Paulo, SP: Edições 70.

Buyuk, G. N., Kahyaoglu, S., Turgut, E., Yumusak, O. H., & Kose, C. (2019). Immersion in water during active labor ecreases postpartum hematocrit fall following vaginal delivery. Gynecol Obstet Reprod Med, 2019; 25(1): 18-21. Acesso em: 02/07/2020. Disponível em:

Camargo, J. C., Varela, V., Ferreira, F. M., Pougy, L., Ochiai, A. M., Santos, M. E., & Grande, M. C. L. (2018). The Waterbirth Project: São Bernardo Hospital experience. Women and Birth, 31(5), e325-e333. https://doi.org/10.1016/j.wombi.2017.12.008.

Carvalho, M. L. M. D. (2003). Participação dos pais no nascimento em maternidade pública: dificuldades institucionais e motivações dos casais. Cadernos de Saúde Pública, 19, S389-S398. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000800020

Davis-Floyd, R. The technocratic, humanistic, and holistic paradigms of childbirth. In International Journal of Gynecology & Obstetrics. International Conference on Humanization of Childbirth. Fortaleza, Brazil, 2-4 November 2000, pp. 5-23.

Davis-Floyd, R. (1994). Birth as an American rite of passage. California: University of California, 1994__The Technocratic body: American childbirth as cultural expression. Soc. Sic. Med., v. 8, p. 1125-40.

de Matos, M. G., Magalhães, A. S., & Monteiro, M. C. (2022). Childbirth care models in Brazil: repercussions on fathers and mothers. Research, Society and Development, 11(5), e18911526823-e18911526823.

Gualda D. M. R., Campos E. C., Praça N. S., Salim N. R., & Soares G. C. F. (2017). Nascimento: Perspectivas Antropológicas. In: De Jordan à Davis-Floyd, pg.63-74. 1 ed. – São Paulo: Ícone.

Harper, B. (2005). Gentle Birth Choices (Revised Edition ©2005 Barbara Harper ed.): Inner Traditions Bear and Company.

International Confederation of Midwife [ICM]. (2017). Strenghtening midwifery globally. Core document. International definition of the Midwife. https://www.internationalmidwives.org/assets/files/definitions-files/2018/06/eng-definition_of_the_midwife-2017.pdf

International Confederation of Midwives [ICM]. (2019). Essential Competencies for Midwifery Practice [online]. https://www.internationalmidwives.org/assets/files/general-files/2019/02/icm-competencies_english_final_jan-2019-update_final-web_v1.0.pdf [accessed 05 May 2022].

Klein, C., Meyer, D. E., & Borges, Z. N. (2013). Políticas de inclusão social no Brasil contemporâneo e educação da maternidade. Cadernos de Pesquisa, 43(150), 906-923. https://doi.org/10.1590/S0100-15742013000300009.

Lewis, L., Hauck, Y. L., Crichton, C., Barnes, C., Poletti, C., Overing, H., Keyes, L. & Thomson, B. (2018). The perceptions and experiences of women who achieved and did not achieve a waterbirth. BMC Pregnancy and Childbirt, 18 (1):23. https://doi.org/10.1186/s12884-017-1637-5.

Lopes, Z. A. (2009). Representações sociais acerca da violência de gênero: significados das experiências vividas por mulheres agredidas. Tese apresentada à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto / USP – Dep. de Psicologia e Educação.a Ribeirão Preto, 2009.

Mercer, J. S., Erickson-Owens, D. A., Graves, B., & Haley, M. M. (2007). Evidence-Based Practices for the Fetal to Newborn Transition. Journal of Midwifery & Womens Health, 52(3), 262-272. 10.1016/j.jmwh.2007.01.005

Moscovici, S. (1978). A representação social da psicanálise. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar.

Moscovici, S. (2003). Representações Sociais: Investigações em Psicologia Social. Tradução de Pedrinho A. Guareschi. Petrópolis: Vozes.

National Health Service. [NHS]. (2019). Harrogate and District. NHS Foundation Trust. Patiente Information Leaflet. Choosing a Waterbirth. Maternit Services, Version 1.0, January 2019. PICG approval date: PILOT, awainting approval. (pp.1-10). https://www.hdft.nhs.uk/content/uploads/2019/02/Birth-Choosing-a-Waterbirth.pdf

Possati, A. B., Prates, L. A., Cremonese, L., Scarton, J., Alves, C. N., & Ressel, L. B. (2017). Humanização do parto: signifcados e percepções de enfermeiras. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem, 21(4), 1-6.10.1590/2177-9465-EAN-2016-0366

Qian, Y., Ying, X., Wang, P., Lu, Z., & Hua, Y. (2019). Early versus delayed umbilical cord clamping on maternal and neonatal outcomes. Archives of Gynecology and Obstetrics, 300(3), 531-543. https://doi.org/10.1007/s00404-019-05215-8

Ramos, D. P. (2015). A família e a maternidade como referências para pensar a política. Revista Brasileira de Ciência Política, 87-120. https://doi.org/10.1590/0103-335220151605.

RCM & RCOG. (2009). Royal College of Obstetricians and Gynaecologists(RCOG) and Royal College of Midwives (RCM). Immersion in Water.

RCM. (2012). Royal College of Midwives. Immersion in Water for Labour and Birth. Evidence Based Guidelines for Midwifery-Led Care in Labour. In T. R. C. o. Midwives (Ed.), (pp. 9): Royal College of Midwives.

Schneebeli, F. C. F., & Menandro, M. C. S. (2014). Com quem as crianças ficarão?: Representações sociais da guarda dos filhos após a separação conjugal. Psicologia & Sociedade, 26, 175-184. https://doi.org/10.1590/S0102-71822014000100019.

Tomeleri, K. R., Pieri, F. M., Violin, M. R., Serafim, D., & Marcon, S. S. (2007). " Eu vi meu filho nascer": vivência dos pais na sala de parto. Revista Gaúcha de Enfermagem, 28(4), 497.

Vahtel, K., Eilmann, K., Pühvel, J., & Kangasniemi, M. (2021). Expectant fathers’ experiences of family-centred births in Estonia: a qualitative study. Midwifery, 96, 102948. https://doi.org/10.1016/j.midw.2021.102948

Venâncio, S. I., Levy, R. B., Saldiva, S. R. D. M., Mondini, L., Alves, M. C. G. P., & Leung, S. L. (2008). Efeitos do clampeamento tardio do cordão umbilical sobre os níveis de hemoglobina e ferritina em lactentes aos três meses de vida. Cad. Saúde Pública, 24(supl 2), 323-331. https://doi.org/10.1590/S0102-311X2008001400017

Vinuto, J. (2014). A amostragem em bola de neve na pesquisa qualitativa: um debate aberto. Temáticas, 22(44), 203-220.

Weaver, M. H. (2014). Water birth in the hospital setting. Nursing for Womens Health, 18(5), 365–369. https://doi. org/10.1111/1751-486X.12144

World Health Organization [WHO recommendations]. (2018). World Health Organization. Intrapartum care for a positive childbirth experience. In L. C. B.-N.-S. IGO. (Ed.). World Health Organization. https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/260178/9789241550215-eng.pdf

World Health Organization [WHO]. (2020). Labour care guide: user’s manual. Geneva: World Health Organization; 2020. Licence: CC BY-NC-SA 3.0 IGO. https://www.who.int/publications/i/item/9789240017566

World Health Organization. (2022). WHO recommendations on maternal and newborn care for a positive postnatal experience. https://www.who.int/publications/i/item/9789240045989

Downloads

Publicado

28/11/2022

Como Citar

CAMARGO, J. da C. S. de; SILVA, S. R. O. da .; LIMA, M. de O. P. .; TRINTINALIA, M. M. J. .; LOPES, Z. de A. .; NÉNÉ, M. .; GRANDE, C. . Vivências das enfermeiras obstétricas em assistir à mulher no parto na água em Portugal. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 16, p. e21111630410, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i16.30410. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30410. Acesso em: 7 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde