Risco infeccioso do uso de biomateriais para cranioplastia: polimetilmetacrilato vs. osso autólogo
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30483Palavras-chave:
PMMA; Polimetilmetacrilato; Infecção; Neurocirurgia; Ensino em saúde.Resumo
Este estudo objetivou descrever os riscos infecciosos do uso de osso autólogo e PMMA na cranioplastia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura de natureza qualitativa e caráter descritivo. O levantamento bibliográfico foi executado no mês de março e abril de 2022 mediante busca nas bases e bibliotecas de dados da Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Public Medline (PubMed) e Science Direct. Os critérios de inclusão para seleção dos estudos foram: artigos publicados na íntegra entre os anos de 2013 a 2022, no idioma inglês. Como critérios de exclusão foram: monografias, dissertações, teses, Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC), publicações em anais de eventos, revisões de literatura e artigos duplicados em uma ou mais bases de dados. Mediante análise dos artigos inclusos nesta revisão, alguns autores ponderam que não há diferenças significativas em relação ao risco infeccioso no uso da prótese de PMMA e do osso autólogo, como matéria-prima da cranioplastia. Um estudo avaliou o impacto do uso de antibióticos em próteses de PMMA na cranioplastia com defeitos moderados a grandes. Já outro estudo, analisou o uso de PMMA pré-fabricado e pré-esterilizado como material de cranioplastia na população indiana. Um estudo diz que a craniotomia prévia e a cranioplastia com PMMA foram associadas à maior taxa de infecção pós-operatória. Em outro artigo, a reconstrução craniana com osso autólogo apresentou maiores complicações. O uso de PMMA na cranioplastia comparado ao osso autólogo apresenta desfechos diferentes na literatura.
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