Prevalência e fatores associados à mortalidade em fetos e recém-nascidos com diagnóstico de gastrosquise
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30489Palavras-chave:
Gastrosquise; Mortalidade; Ultrassonografia; Cirurgia fetal.Resumo
Objetivo: Analisar a prevalência de mortalidade e os possíveis fatores associados a esse desfecho em fetos e recém-nascidos com diagnóstico de gastrosquise. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo com dados de neonatos nascidos com gastrosquise simples e complexa. A variável de desfecho foi a mortalidade (sim / não) por gastrosquise. As variáveis independentes incluíram características maternas e neonatais em fetos e recém-nascidos com diagnóstico de gastrosquise. As variáveis foram analisadas por meio de regressão de Poisson múltipla. Resultados: A prevalência de mortalidade em neonatos com gastrosquise foi de 30,23%. A gastrosquise complexa (p=0,002), não realizar cirurgia para fechamento da gastrosquise (p=0.000), a realização de cinco cirurgias (p= 0,000), realização de cirurgia após o segundo dia de nascimento (p=0,000), foram os fatores mais importantes associados ao aumento do risco de mortalidade. A hospitalização em UTI neonatal (p= 0,000) foi associada indicando fator protetor para mortalidade neonatal. Conclusões: Houve alta prevalência de mortalidade em neonatos com gastrosquise. Os fatores associados destacam a importância do diagnóstico precoce da gastrosquise complexa, bem como a realização precoce da cirurgia para fechamento da gastrosquise.
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