Os riscos da automedicação com medicamentos isentos de prescrição (MIPs) no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i7.30493

Palavras-chave:

Automedicação; Medicamentos sem prescrição; Atenção farmacêutica.

Resumo

Os medicamentos são bens primordiais à saúde e possuem um papel importante na evolução da qualidade e expectativa de vida da sociedade. O Brasil é um dos principais consumidores de produtos farmacêuticos, sendo a maioria caracterizados como Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs), considerados “seguros” desde que utilizados com finalidade e forma correta. O objetivo desta pesquisa é descrever os riscos relacionados à automedicação com os Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Trata-se de uma revisão de literatura do tipo narrativa, através das bases de dados SciELO, LILACS e MEDLINE/PubMed, com a proposta de analisar os riscos relacionados à automedicação com Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs). Os MIPs usados do modo correto, configuram automedicação responsável. Contudo, esse processo só é permitido quando acompanhado da indicação farmacêutica, onde o profissional seleciona o MIP, para solucionar a queixa do paciente ou encaminhá-lo ao médico se houver necessidade, e prescrição farmacêutica, que visa promoção, proteção e recuperação da saúde. O direito a prescrição farmacêutica é garantido pela Resolução nº 586/2013, sendo dever do profissional realiza-la de modo consciente e responsável. O farmacêutico é o profissional habilitado e assegurado por lei, para promoção do uso seguro e racional dos MIPs, assegurando melhor qualidade de vida, à medida que contribui para redução de problemas relacionados ao seu uso indiscriminado.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. (2003). Resolução RDC nº 138, de 29 de maio de 2003: Dispõe sobre o enquadramento na categoria de venda medicamentos isentos de prescrição. Diário Oficial da União, Seção 1, p. 56.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. (2016). Instrução Normativa nº 11, de 29 de setembro de 2016. Dispõe sobre a lista de medicamentos isentos de prescrição. Diário Oficial da União.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. (2016). Resolução RDC nº 98, de 1º de agosto de 2016. Critérios e procedimentos para o enquadramento de medicamentos como isentos de prescrição e o reenquadramento como medicamento sob prescrição. Diário Oficial da União, Seção 1, p. 32.

Arrais, P.S.D., Fernandes, M.E.P, Pizzol, T.S.D., Ramos, L.R., Mengue, S.S, Luiza, V.L., & Bertoldi, A.D. (2016). Prevalência da automedicação no Brasil e fatores associados. Revista de Saúde Pública, 50. https://doi.org/10.1590/S1518-8787.2016050006117

Paiva, V. L. M. D. O. (2004). A Pesquisa narrativa: uma introdução. Revista brasileira de linguística aplicada, 8, 261-266. https://doi.org/10.1590/S1984-63982008000200001

Conselho Federal de Farmácia (2013). Resolução CFF nº 586, de 29 de Agosto de 2013. Regula a prescrição Farmacêutica e dá outras providências. Diário Oficial da União.

Conselho Federal de Farmácia (2013). Resolução RDC nº 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providências. Diário Oficial da União.

Conselho Federal de Farmácia (2016). Serviços farmacêuticos diretamente destinados ao paciente, à família e à comunidade: contextualização e arcabouço conceitual. Brasília: Conselho Federal de Farmácia, 200.

Correr, C. J., Otuki, M. F., & Soler, O. (2011). Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde, 2(3), 9-9. 10.5123/S2176-62232011000300006

Domingues, P. H. F., Galvão, T. F., Andrade, K. R. C. D., Araújo, P. C., Silva, M. T., & Pereira, M. G. (2017). Prevalência e fatores associados à automedicação em adultos no Distrito Federal: estudo transversal de base populacional. Epidemiologia e Serviços de Saúde, 26, 319-330. https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000200009

Duarte, F.G., Paula, M.N.D., Vianna, N.A., Almeida, M.C.C.D., & Junior, E.D.M. (2021). Óbitos e internações decorrentes de intoxicações por medicamentos com prescrição e isentos de prescrição, no Brasil. Revista de Saúde Pública, 55. https://doi.org/10.11606/s1518- 8787.2021055003551

Filho, J. P. M., Júnior, F. P. A., & Montenegro, C. A. (2021). Cuidados farmacêuticos e os medicamentos isentos de prescrição: revisão integrativa da literatura. Archives of Health Investigation, 10(1), 153-162. http://dx.doi.org/10.21270/archi.v10i1.4903.

Guimarães, P.H.D., Pacheco, R.P., & Morais, Y. J. (2021). Cuidados farmacêuticos e uso de Medicamentos Isento de Prescrição (MIPs). Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 10 (12), e485101220405-e485101220405. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i12.20405

Junior, A. F. D. C. (2021). Automedicação de Medicamentos Isentos de Prescrição (MIP). Dissertação.

Lima, M. M., & de Oliveira Alvim, H. G. (2019). Riscos da automedicação. Revista JRG de Estudos Acadêmicos, 2(4), 212-219. DOI: https://doi.org/10.29327/257411

Marinho, L. N. S., & Meirelles, L. M. A. (2021). Os riscos associados ao uso de medicamentos isentos de prescrição. Revista saúde multidisciplinar, 9(1). http://revistas.famp.edu.br/revistasaudemultidisciplinar/article/view/144/140

Martins, L. D. P. (2019). Critérios racionais que orientem a prescrição farmacêutica de medicamentos isentos de prescrição. Pós-Graduação em Ciência da Saúde.

Mota, K., Pereira, M. L., Coelho, E. B., Reis, T., Nascimento, M., Obreli-Neto, P. R., & Baldoni, A. O. (2020). Medicamentos isentos de prescrição (MIP): o farmacêutico pode prescrever, mas ele sabe o que são? Revista de la OFIL, 30(1), 52-55. https://dx.doi.org/10.4321/s1699-714x20200001000013

Oliveira, F. S. (2021). Orientação farmacêutica frente ao uso de medicamentos isentos de prescrição (MIPs): uma revisão de literatura. Monografia.

Pedott, L. (2018). Análise da utilização de medicamentos isentos de prescrição por pacientes de uma farmácia da cidade de Erechim-RS. Pós-graduação Farmacêutica e Farmácia Clínica. http://repositorio.uricer.edu.br/bitstream/35974/183/1/Leticia%20Pedott.pdf

Possagno, G. C. H. (2015). Atuação do farmacêutico em farmácias comunitárias privadas e pesquisa de evidências sobre medicamentos isentos de prescrição. Tese apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências Farmacêuticas.

Prestes, S. D. F., & fattori, N. C. D. M. (2019). Análise comparativa da venda de medicamentos isentos de prescrição (MIPS), no brasil e outros países. Revista Científica Eletrônica de Ciências Aplicadas da FAIT. http://fait.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/dHjbzi4qiV1E3Fu_2020-12-2-19-39-0.pdf

Rother, E. T. (2007). Revisão sistemática X revisão narrativa. Acta paulista de enfermagem, 20(2), v-vi.

Severo, T. A. C., & Vale, B. N. (2018). As responsabilidades do farmacêutico na prescrição farmacêutica. Revista Cereus, 10(3), 179-201. 10.18605/2175-7275/cereus.v10n3p179-201

Soterio, K. A., & Santos, M. A. (2016). A automedicação no Brasil e a importância do farmacêutico na orientação do uso racional de medicamentos de venda livre: uma revisão. Revista da Graduação, 9(2).

Souza, A. S. A., Pereira, S. R., & Saraiva, E. M. S. (2018). Caracterização da População Usuária de Medicamentos isentos de prescrição no Brasil. ID on line. Revista de psicologia, 12(42), 70-75. http://idonline.emnuvens.com.br/id

Victorino, R. (2021). Automedicação: fatores que são a intenção de compra dos consumidores de prescrição (MIPs). Dissertação.

Downloads

Publicado

30/05/2022

Como Citar

SANTOS, S. T. da S. .; ALBUQUERQUE, N. L. de .; GUEDES, J. P. de M. . Os riscos da automedicação com medicamentos isentos de prescrição (MIPs) no Brasil . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 7, p. e42211730493, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i7.30493. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/30493. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Artigos de Revisão