Extração aquosa enzimática com ultrassom: uma abordagem prospectiva sobre o estado da arte
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30670Palavras-chave:
Biocatálise; Óleo vegetal; Nozes e derivados; Extração verde.Resumo
O óleo extraído de diversas matérias-primas oleaginosas é comumente obtido através da prensagem mecânica, associada ou não a solventes orgânicos. O objetivo desta prospecção foi avaliar se a extração aquosa enzimática (EAE) com ultrassom pode ser uma tecnologia mais limpa e eficaz para a obtenção de lipídios e outros produtos. Observou-se o estado da arte sobre este assunto com foco em alimentos, e mais precisamente frutos e sementes oleaginosos. A pesquisa avançada nas bases de dados Science Direct, Scopus e Web of Science (WOS) foi realizada em julho de 2021. Houve a recuperação de um total de 1099, 79 e 46 trabalhos científicos dentro das bases Science Direct, WOS e Scopus, respectivamente. Identificando os experimentos feitos nesses estudos com EAE e ultrassom, houve a seleção de 24, 13 e 4 artigos originais nas bases averiguadas. Os artigos descreviam que o ultrassom utilizado como pré-tratamento, ou durante a EAE incrementou o rendimento da extração de lipídios alimentícios. Esta prospecção descreveu que a tecnologia EAE e o ultrassom são técnicas impactantes na obtenção de lipídios. A pesquisa avançada ressaltou que há uma lacuna relacionada à pesquisa com oleaginosas e que a substituição de técnicas convencionais por técnicas limpas pode ser viável economicamente.
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