Eficiência da limpeza e desinfecção de superfícies de uma clínica-escola de Odontologia: visão macroscópica e microscópica
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.30770Palavras-chave:
Bactérias; Contaminação; Microbiologia; Clínica-escola; Odontologia.Resumo
Na clínica odontológica, é comum a dispersão de aerossóis e gotículas durante a prática de procedimentos, através de secreções bucais, para as superfícies de bancadas e equipo odontológico. Essas secreções biológicas podem conter micro-organismos patogênicos que apresentam riscos de contaminação cruzada dentro do ambiente odontológico. Baseado nos riscos e na preocupação da segurança dos profissionais e pacientes, o objetivo dessa pesquisa foi analisar as superfícies do ambiente de uma clínica-escola de Odontologia do norte do Tocantins, quanto à sujidade e presença de micro-organismos após uso, limpeza e desinfecção. Para a análise, foi selecionado através de sorteio o box de atendimento clínico e, verificou-se se havia sujidade por meio de inspeção visual e contaminação microbiológica das superfícies: alça do refletor, seringa tríplice, sugador, cuspideira, mesa auxiliar, torneira da pia e divisórias do box atrás do operador e do auxiliar. A análise seguiu através do crescimento microbiológico em BHI e em cultura de Ágar Nutriente, e por análise microscópica. Dentre as superfícies avaliadas, foi observado a presença de sujidade, como marcas de mãos e resíduos sólidos. E, também, crescimento microbiológico, com presença de morfotipos bacterianos relacionados aos gêneros que residem principalmente na microbiota bucal. Portanto, conclui-se que o ambiente clínico estava com as superfícies contaminadas mesmo após limpeza e desinfecção.
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