Desenvolvimento inicial de plântulas de milho reinoculadas com bactérias diazotróficas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3109Palavras-chave:
Azospirillum brasilense; qualidade fisiológica; índice de velocidade de germinação; Zea mays.Resumo
A eficiência comprovada da inoculação de Azospirillum brasilense na cultura de milho, traz dúvidas sobre o uso sequencial em sementes obtidas de plantas previamente inoculadas, devido produção de hormônios pelas bactérias, que interferem no desenvolvimento das plantas em baixa quantidade. O objetivo do trabalho foi avaliar desenvolvimento inicial bem como qualidade fisiológica de sementes milho reinoculadas, provenientes do cultivo associado com Azospirillum brasilense e adubação nitrogenada. O experimento foi realizado em delineamento de blocos casualizados com fatorial 6x2, sendo seis tratamentos provenientes do manejo anterior das sementes [0, 60 e 120 kg ha-1 de N (ureia) sem inoculação e inoculação das sementes com A. brasiliense na dose 50, 100 e 150 mL/25kg de sementes cultivadas com 60 kg ha-1 de N], tanto unicamente com inoculação realizada no cultivo anterior e reinoculação das sementes de milho híbrido DKB 285 PRO®. Dose elevada de inoculante A. brasilense (150 mL + 60 Kg N ha-1) no cultivo anterior pode ter reduz germinação e desenvolvimento inicial, sobretudo, ao reinocular, há reestabelecimento da emergência e qualidade fisiológica das plântulas. A inoculação com 100 mL de inoculante + 60 kg ha-1 de N seguida de reinoculação com A. brasilense se destaca no desenvolvimento inicial de plântulas de milho para cultivos sucessivos. Sementes de milho reinoculadas com A. brasilense promove maior desenvolvimento radicular de plântulas de milho, ampliando superfície para absorção de água e nutrientes do solo, porém reduz desenvolvimento para parte aérea.
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