Uso de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) para o tratamento da Doença de Parkinson: uma revisão integrativa de literatura

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31277

Palavras-chave:

Neurocirurgia; Estimulação cerebral profunda; Doença de Parkinson.

Resumo

Introdução: a Doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais comum e tem vindo a aumentar a sua prevalência nas últimas décadas. A estimulação cerebral profunda (DBS) é um tratamento estabelecido para a doença de Parkinson (DP) grave, distonia e tremor, e tem um papel emergente em uma série de outras condições neurológicas e neuropsiquiátricas. No entanto, sua adoção generalizada é atualmente limitada pelo custo, efeitos colaterais e eficácia parcial. Objetivo: explanar e descrever o método de Estimulação Cerebral Profunda para o controle e tratamento da Doença de Parkinson. Metodologia de busca: trata-se de uma pesquisa descritiva do tipo revisão integrativa da literatura, através do acesso online nas bases de dados PubMed, Scielo, CDSR, Google Scholar, BVS e EBSCO, no mês de setembro de 2021. Resultados e discussão: a DBS consegue interagir com as redes neurais patológicas de forma que ora estimule, ora iniba certas vias a fim de eliminar ou subjugar o circuito indesejado nas alças dos gânglios basais, esse mecanismo ficou conhecido como “bloqueio” da rede doente. A estimulação controlada reduz essa hiperatividade e consequentemente retira o ruído restabelecendo a transmissão de informação neural e consequente retorno controle do movimento. Considerações finais: o tratamento consiste na estimulação elétrica em diversas regiões do cérebro, por anos sem interrupção. A corrente elétrica utilizada é muito pequena, feita em pontos estratégicos do cérebro por meio de implante dos eletrodos, que são, na sua maioria, profundos.

Referências

Abboud, R. H., et al. (2014). Rastreamento de Estimulação Cerebral Profunda Abrangente e Multidisciplinar para Pacientes de Parkinson: Não há espaço para “atalhos”. Prática Clínica de Distúrbios do Movimento, 11 (4), 336-341.

Asahi, N. T., et al. (2014). Impacto da estimulação subtalâmica bilateral nas funções motoras/cognitivas na doença de Parkinson. Neurologia Medico-Chirurgica, 54 (7), 529-536.

Aum, D. J., et al. (2021). Estimulação cerebral profunda: fundamentos e tendências futuras. Tese de Doutorado em Medicina – Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1-176.

Castner, J. E., et al. (2018). Efeitos da estimulação cerebral profunda subtalâmica na geração de substantivos/verbos e seleção de alternativas concorrentes na doença de Parkinson. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 79 (6), 700-705.

Habets, J. G. V., et al. (2018). An update on adaptive deep brain stimulation in Parkinson’s disease. Movement Disorders, 33 (12), 1834–1843.

Houeto, V. J. L., et al. (2012). Distúrbios comportamentais, doença de Parkinson e estimulação subtalâmica. Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry, 72 (6), 701-707.

İbrahimoğlu, O., et al. (2020). The Experiences of Patients with Deep Brain Stimulation in Parkinson’s Disease: Challenges, Expectations, and Accomplishments. Acta Medica Academica, 49 (11), 36–43.

Kogan, M., et al. (2019). Deep Brain Stimulation for Parkinson Disease. Neurosurgery Clinics of North America, 30 (2), 137–146.

Krack, A. P., et al. (2013). Seguimento de cinco anos de estimulação bilateral do núcleo subtalâmico na doença de Parkinson avançada, The New England Journal of Medicine, 349 (20), 1925-1934.

Liu, Z., et al. (2020). General anesthesia versus local anesthesia for deep brain stimulation in Parkinson’s disease: A meta-analysis. Stereotactic and Functional Neurosurgery, 97 (6), 381–390.

Malek, N. (2019). Deep Brain Stimulation in Parkinson's Disease. Neurology India, 67 (6), 968 – 978.

Mehanna, R., et al. (2013). Estimulação cerebral profunda na doença de Parkinson. Neurodegeneração translacional, 2 (22), 1-9.

Odekerken, T. V. J., et al. (2013). Núcleo subtalâmico versus estimulação cerebral profunda bilateral do globo pálido para a doença de Parkinson avançada (estudo NSTAPS): um estudo controlado randomizado. Lancet Neurol., 12 (1), 37–44.

Okun, M. S., et al. (2012). Doença de Parkinson DBS: O que, quando, quem e por quê? Chegou a hora de adaptar os alvos de DBS. Expert Review of Neurotherapeutics, 10 (12), 1847-1857.

Pedrosa, D. J., et al. (2013). Revisão: gestão da doença de Parkinson. Doença e Tratamento Neuropsiquiátrico, 9 (7), 321-340.

Ramirez-Zamora, A., et al. (2018). Globus pallidus interna or subthalamic nucleus deep brain stimulation for Parkinson disease a review. JAMA Neurology, 75 (3), 367–372.

Rammo, R., et al. (2021). The Need for Digital Health Solutions in Deep Brain Stimulation for Parkinson’s Disease in the Time of COVID-19 and Beyond. Neuromodulation, 24 (2), 331–336.

Schüpbach, N. V. M., et al. (2015). Estimulação do núcleo subtalâmico na doença de Parkinson: um acompanhamento de 5 anos, Journal of Neurology, Neurosurgery & Psychiatry , 76 (12), 1640-1644.

Silveri, N. M. C., et al. (2012). Efeitos da estimulação do núcleo subtalâmico na nomeação e leitura de substantivos e verbos na doença de Parkinson. Neuropsicologia, 50 (8), 1980–1989.

Wang, J., et al. (2020). Comparison of Awake and Asleep Deep Brain Stimulation for Parkinson’s Disease: A Detailed Analysis Through Literature Review. Neuromodulation, 23 (4), 444–450.

Downloads

Publicado

24/06/2022

Como Citar

PINHEIRO, F. E. da S.; BRITO, B. F. de .; FIGUEIREDO, B. Q. de .; SOARES, C. A. V. D.; SILVA JÚNIOR, C. A. da .; ALVIM, C. M.; PRADO, D. M. M. do .; LOPES, L. F. P.; PEREIRA, M. L. S. A.; ARAÚJO, P. da C. Uso de Estimulação Cerebral Profunda (DBS) para o tratamento da Doença de Parkinson: uma revisão integrativa de literatura. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e40911831277, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.31277. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31277. Acesso em: 1 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde